ATA DA VIGÉSIMA SÉTIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 06-4-2011.

 


Aos seis dias do mês de abril do ano de dois mil e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elói Guimarães, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Nilo Santos, Sofia Cavedon e Toni Proença. Constatada a existência de quórum, a senhora Presidenta declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Alceu Brasinha, Carlos Todeschini, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Idenir Cecchim, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Marcello Chiodo, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. À MESA, foram encaminhados: pelo vereador Aldacir José Oliboni, o Projeto de Lei do Legislativo nº 031/11 (Processo nº 1102/11); e pelo vereador Waldir Canal, o Projeto de Lei do Legislativo nº 142/10 (Processo nº 3000/10). Na ocasião, foi apregoado o Memorando nº 051/11, firmado pela vereadora Sofia Cavedon, Presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre, por meio do qual Sua Excelência informa a Representação Externa do vereador Carlos Todeschini, hoje, no Grande Expediente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul em homenagem aos quarenta e cinco anos da Companhia Riograndense de Saneamento – CORSAN –, às quatorze horas, em Porto Alegre. Do EXPEDIENTE, constaram os Comunicados nos 290846, 290847, 290848, 290849, 290850, 290851, 290852 e 290853/11, do senhor Daniel Silva Balaban. Presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. Durante a Sessão, constatada a existência de quórum deliberativo, foram aprovadas as Atas da Sétima, Oitava, Nona, Décima, Décima Primeira, Décima Segunda, Décima Terceira, Décima Quarta, Décima Quinta, Décima Sexta, Décima Sétima, Décima Oitava, Décima Nona e Vigésima Sessões Ordinárias e da Quarta Sessão Extraordinária. Após, por solicitação do vereador João Antonio Dib, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma ao senhor Flávio Alcaraz Gomes, falecido no dia de ontem. Em prosseguimento, a senhora Presidenta concedeu a palavra à senhora Márcia Aparecida da Silva Almeida, Coordenadora da Assessoria de Informática da Câmara Municipal de Porto Alegre, que prestou informações acerca da disponibilização, na página eletrônica deste Legislativo, de sistema de consulta que permite o acesso aos resultados das votações efetuadas durante as sessões plenárias, tendo-se manifestado a respeito a vereadora Fernanda Melchionna. Durante o pronunciamento da senhora Márcia Aparecida da Silva Almeida, foi realizada apresentação de audiovisual referente ao tema abordado por Sua Senhoria. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores João Antonio Dib, Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, este pela oposição, Nilo Santos, Fernanda Melchionna, Paulinho Rubem Berta, Mario Fraga, Luiz Braz, Engenheiro Comassetto e Bernardino Vendruscolo. Na oportunidade, foi apregoado o Memorando nº 009/11, de autoria do vereador Dr. Thiago Duarte, deferido pela senhora Presidenta, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, no dia de hoje, na cerimônia de sanção da Lei que autoriza a implantação do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família em Porto Alegre. Também, a senhora Presidenta registrou a presença, neste Plenário, do deputado estadual Paulo Odone, Presidente do Conselho de Administração do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, convidando-o a integrar a Mesa dos trabalhos e concedendo a palavra a Sua Excelência, que agradeceu a recepção recebida desta Câmara. Às quinze horas e trinta e oito minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 197/07 (Processo nº 6740/07), por dezessete votos SIM e seis votos NÃO, em votação nominal solicitada pela vereadora Sofia Cavedon, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Dr. Raul Torelly, Elias Vidal, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Marcello Chiodo, Mario Fraga, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença e Não os vereadores Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas e Reginaldo Pujol e tendo apresentado Declaração de Voto, conjuntamente, os vereadores Adeli Sell, Aldacir José Oliboni, Carlos Todeschini, Engenheiro Comassetto, Maria Celeste, Mauro Pinheiro e Sofia Cavedon. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Resolução nº 033/10 (Processo nº 3673/10), após ser encaminhado à votação pela vereadora Fernanda Melchionna. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Legislativo nº 029/10 (Processo nº 0769/10), após ser discutido pelos vereadores Aldacir José Oliboni, João Antonio Dib e Idenir Cecchim. Foi rejeitada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 029/10, por sete votos SIM, dez votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pelo vereador Toni Proença, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, João Antonio Dib, Maria Celeste, Mauro Pinheiro e Paulinho Rubem Berta, votado Não os vereadores Alceu Brasinha, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Luiz Braz, Marcello Chiodo, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro e Tarciso Flecha Negra e optado pela Abstenção dos vereadores Dr. Thiago Duarte e Idenir Cecchim. Foi rejeitado o Projeto de Lei do Legislativo nº 029/10, por seis votos SIM e dezessete votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Toni Proença, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Maria Celeste e Mauro Pinheiro e Não os vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elói Guimarães, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Marcello Chiodo, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos e Tarciso Flecha Negra. Após, foi apregoada a Emenda nº 01, de autoria do vereador Airto Ferronato, Líder da Bancada do PSB, ao Projeto de Lei do Legislativo nº 105/10 (Processo nº 2391/10) e foi aprovado Requerimento de autoria de Sua Excelência, solicitando que essa Emenda fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Legislativo nº 105/10 (Processo nº 2391/10), após ser discutido pelos vereadores Bernardino Vendruscolo, Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni e Elói Guimarães. Foi aprovada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 105/10. Foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 105/10. A seguir, foram apregoadas as Emendas nos 02 e 04, de autoria do vereador Mauro Zacher, Líder da Bancada do PDT, e 03, de autoria do vereador Idenir Cecchim, Líder da Bancada do PMDB, ao Projeto de Lei do Legislativo nº 181/09 (Processo nº 3907/09); Também, foram aprovados Requerimentos de autoria dos vereadores Toni Proença, Professor Garcia e Tarciso Flecha Negra, solicitando que as Emendas nos 02, 03 e 04, respectivamente, apostas ao Projeto de Lei do Legislativo nº 181/09 fossem dispensadas do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Legislativo nº 181/09 (Processo nº 3907/09), após ser discutido pelos vereadores Paulinho Rubem Berta, Dr. Thiago Duarte, Pedro Ruas, João Antonio Dib, Toni Proença, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Dr. Raul Torelly, Elói Guimarães, Bernardino Vendruscolo e Maria Celeste e encaminhado à votação pelos vereadores João Antonio Dib, Professor Garcia e Pedro Ruas. Foram aprovadas as Emendas nos 01, 02, 03 e 04 apostas ao Projeto de Lei do Legislativo nº 181/09. Foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 181/09. Em Votação, foi aprovado o Requerimento nº 017/11 (Processo nº 1260/11). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 003/11 (Processo nº 0500/11), após ser discutido pelo vereador João Antonio Dib. Em Discussão Geral, 1ª Sessão, esteve o Projeto de Resolução nº 007/09 (Processo nº 1193/09), o qual teve sua discussão suspensa, em face da inexistência de quórum deliberativo. Às dezessete horas e quarenta e cinco minutos, constatada a inexistência de quórum deliberativo, em verificação solicitada pelo vereador Mauro Pinheiro, a senhora Presidenta declarou encerrada a Ordem do Dia. Na oportunidade, em face de Questões de Ordem e manifestações formuladas pelos vereadores Luiz Braz e Nilo Santos, a senhora Presidenta prestou esclarecimentos acerca da Discussão Geral do Projeto de Resolução nº 007/09 e do encerramento da Ordem do Dia da presente Sessão. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 018, 028 e 030/11; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 164/10. Durante a Sessão, os vereadores Pedro Ruas, Luiz Braz, Bernardino Vendruscolo, Nilo Santos e Mario Fraga manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Também, foi registrada a presença, neste Plenário, do senhor João Pancinha, Diretor-Presidente da Companhia Carris Porto-Alegrense. Às dezessete horas e quarenta e nove minutos, nada mais havendo a tratar, a senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pela vereadora Sofia Cavedon e pelos vereadores Toni Proença e Dr. Raul Torelly e secretariados pelo vereador Toni Proença. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo senhor 1º Secretário e pela senhora Presidenta.

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. João Antonio Dib, escuto Vossa Excelência.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, no dia de ontem, um dos nomes mais expressivos da imprensa gaúcha nos deixou. Ele era um exemplo extraordinário de jornalista, de escritor e uma criatura humana muito sensível, apesar de, aparentemente, não demonstrar - sei porque convivi com ele durante muitos anos. Estou pedindo um minuto de silêncio em memória de Flávio Alcaraz Gomes, o papa da Comunicação no Rio Grande do Sul.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Deferimos o pedido em reconhecimento ao profissional que o Rio Grande do Sul perdeu no dia de ontem.

 

(Faz-se um minuto de silêncio.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Antes de iniciarmos as nossas atividades da Sessão, eu fiz questão de convidar a Márcia, nossa Coordenadora da Assessoria de Informática, que está aqui à minha esquerda, para vir ao plenário, e pedi para a Assessoria de Comunicação colocar ao vivo e a cores o novo instrumento que temos agora de informação ao cidadão, que peço para a Márcia apresentar rapidamente aos nossos Vereadores.

 

A SRA. MÁRCIA APARECIDA DA SILVA ALMEIDA: Boa-tarde a todos. Apresento, então, o nosso sistema de consulta aos resultados de votações de projetos em Sessões Plenárias.

 

(Procede-se à apresentação em datashow.)

 

A SRA. MÁRCIA APARECIDA DA SILVA ALMEIDA: É um sistema desenvolvido pela Assessoria de Informática e que integra vários de nossos sistemas hoje existentes, que dão apoio ao processo legislativo, com o sistema eletrônico do painel de votações. O resultado é: para cada projeto votado no plenário, em tempo real, assim que encerra a votação, o cidadão já pode consultar na página da Câmara como votou cada Parlamentar, cada Bancada; pode acompanhar todos os detalhes do projeto e ter acesso a todos os documentos que o compõem, como emendas, subemendas, exposição de motivos, vetos.

Vou só mostrar um pouquinho os detalhes desse sistema. Ele está disponível na página da Câmara, no menu “votações”, e, quando se abre esse menu, aparece aqui, ainda nem tão colorido como coloca a Presidente, numa versão para avaliação, a Sessão mais recente; no caso, a última Sessão foi em 4 de abril. Aqui nós temos todos os resultado de todas as votações desde que entrou no ar o sistema eletrônico de votações, que foi em março de 2010, e pode-se consultar como votou cada Vereador em cada um desses projetos, em cada uma das votações. Por exemplo, na Sessão do dia 4 de abril, está o Projeto que proíbe o uso de aparelhos de telefone celular durante as aulas. Se eu entrar aqui e passar o mouse por cima eu já sei qual é a ementa. Se eu quiser ver um pouco mais sobre a votação, eu tenho aqui o resultado - exemplo: 10 votos sim; 3 votos não -, como votou cada Bancada e as informações sobre todas as partes desse processo: emenda, pareceres de todas as Comissões, pareceres da Procuradoria. Ainda há muitas outras funcionalidades interessantes por vir, mas a integração inicial está completa.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Eu gostaria de fazer um agradecimento e parabenizar a Informática. Esse instrumento é importante, porque nós tínhamos muitos pedidos feitos diretamente à Diretoria Legislativa quando o interesse era de um ou outro cidadão, e a Diretoria tinha que gerar um relatório, sendo que já tínhamos condições de disponibilizar ao vivo. A própria imprensa, os próprios Vereadores poderão, no final da votação já, fazer a sua conferência. Por isso, será muito importante que, logo após a votação, o Presidente pergunte se todos votaram, se querem trocar o voto, porque depois já estará publicado o resultado final. Acho que isso ajuda o cidadão a acompanhar os trabalhos deste Legislativo, a transparência. A Informática está trabalhando em um novo site, bastante complexo, e eu acho que a Márcia poderia contar um pouquinho sobre isso para os Vereadores, porque, hoje em dia, quem não atualiza a sua comunicação via Internet, on-line, está fora da notícia.

 

A SRA. MÁRCIA APARECIDA DA SILVA ALMEIDA: Esse sistema, resultado de votações, é apenas uma pequena parte do trabalho de desenvolvimento do novo site. O novo site é um conjunto de ferramentas que visa expor na Internet toda a atividade realizada dentro do Legislativo. Ninguém vai atualizar o novo site; tudo o que acontecer aqui estará, transparentemente, divulgado lá fora. Assim como é o sistema de votações, nós temos também o processo eletrônico e a agenda, que é grande ferramenta de integração entre muitos setores. Então a fase atual é de montar todas essas peças. Foram criadas em torno de 40 ferramentas para todos os setores da Casa. Nós estamos na fase de juntar todas essas peças; para se ter a ideia da complexidade, estamos trabalhando nessa integração desde 2007; é um trabalho bastante profundo e complexo que muda e otimiza as rotinas da Casa. A fase final é juntar esse quebra-cabeça e fazer o que chamamos de “dar uma cara” para ele e poder disponibilizá-lo para a população, mas essa é uma pequena parte daquilo que está por vir.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito obrigada, Márcia.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, eu queria saudar a iniciativa da Presidência, porque, de fato, essa era uma reivindicação que nós ouvíamos corriqueiramente na rua, de as pessoas querendo, espontaneamente, saber e imprimir o resultado das votações da Câmara. Quero, sobretudo, saudar a Márcia e falar da importância de ter funcionários dedicados, trabalhadores que constroem um Legislativo mais transparente para a população.

Parabéns à Assessoria de Informática, e que o novo site, que a gente sabe que é muito difícil e que vai dar bastante trabalho, seja mais uma ferramenta útil para o povo de Porto Alegre.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Eu queria chamar a atenção de que essa versão está para avaliação, e o conjunto dos Vereadores que tiverem sugestões... Ontem à noite, por exemplo, eu vi que estava só o número do processo votado, e para o cidadão é difícil, ele não sabe por número, e a Márcia, de ontem para hoje, já resolveu: passando o cursor por cima aparece a ementa da lei votada, aí abre e aparece a votação. No caso de um Projeto que a Márcia mostrou, não houve quórum para a votação, e haverá nova votação hoje. Pelo menos a informação que eu tenho é que a votação é de 18 votos; então, hoje nós voltamos ao Projeto do Ver. Haroldo de Souza.

Então, instantaneamente, ao vivo, nós teremos o resultado da votação e poderemos passar, inclusive, na TV. Pergunto à Lu, nossa Coordenadora de Comunicação - não sei, Márcia, se isso é possível -, porque a TV Câmara estava pedindo a geração dessa informação, porque, com os meninos filmando o painel, não ficava nítida a votação.

Eu creio que isso ajuda muito a democracia, as pessoas identificam os posicionamentos, a imprensa pode baixar instantaneamente, e a Câmara, mais uma vez, avança e dá passos importantes na democratização. Eu insistia muito no fato de que nós já tínhamos no site a presença e a ausência dos Vereadores, e não era uma informação tão importante quanto o seu posicionamento político, que é posicionamento que todos, com certeza, têm de maneira consciente, ciosa da representação que fazem aqui na Casa, e nós nos orgulhamos dessa pluralidade, desse debate democrático.

Parabéns à Informática; nós queremos, logo, logo, experimentar o novo site. Deixo o desafio de que esse site tenha uma comunicação também em tempo real: que nós estejamos nas Sessões, e as manifestações dos cidadãos possam chegar à Mesa, que os Vereadores possam estar vendo, nos seus computadores, porque a população interagir no momento das votações, acho que seria extremamente interessante. Já colocamos mais um desafio; estamos trazendo para a Casa ferramentas que hoje a sociedade tem para acompanhar a sua história e os seus representantes. Muito obrigada.

Peço aos Vereadores que aplaudam o nosso Setor (Palmas.). Esse Setor tem muita falta de pessoal. A Casa tem cargos criados, como o de programador, o de analista de sistemas, mas nunca fez concurso, esses cargos nunca foram providos. Então, a Informática é um setor que, como vários outros, precisa de pessoal para poder desempenhar as tarefas com mais rapidez. Às vezes, a gente acha que “não anda”, mas é impossível - não é, Márcia? -, com pouca gente, desenvolver tanto. Muito obrigada pela tua participação aqui na Sessão. Façamos bom uso dessa ferramenta para o trabalho, para a democracia.

Aproveitando as notícias, ontem tivemos reunião com a Secretaria de Administração para a realização do concurso público. Por construção da Mesa e Lideranças e da Comissão de Funcionários, nós faremos o concurso para Assistente Legislativo, para que temos 19 vagas, e essa é a função que falta em quase todos os setores. Quanto às demais funções, neste momento, ainda está em debate criarmos cargos e carreiras profissionais separadas, e não conjuntamente, como hoje temos na Casa, para assessoramento em nível superior. Então, não faremos imediatamente concurso em nível superior, porque esta Casa ainda tem que amadurecer o debate sobre quais funções são necessárias e talvez criar cargos ou funções que não existem na nossa Casa.

Em votação as Atas disponíveis nas Pastas Públicas do correio eletrônico: Atas da 7ª Sessão Ordinária, 8ª Sessão Ordinária, 9ª Sessão Ordinária, 10ª Sessão Ordinária, 11ª Sessão Ordinária, 12ª Sessão Ordinária, 13ª Sessão Ordinária, 14ª Sessão Ordinária, 15ª Sessão Ordinária, 16ª Sessão Ordinária, 17ª Sessão Ordinária, 18ª Sessão Ordinária, 19ª Sessão Ordinária, 20ª Sessão Ordinária e 4ª Sessão Extraordinária. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADAS.

O Sr. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; meus senhores e minhas senhoras, neste momento, exatamente, o Prefeito José Fortunati está sancionando a Lei que institui o Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família - IMESF -, votado por grande maioria dos Srs. Vereadores na Casa do Povo de Porto Alegre. Eu acho que foi uma coisa boa que fizemos.

Na sexta-feira, dia 1º de abril, no Canal 12, da RBS, e, no domingo, no Canal 40 da NET, às 13 horas, foi apresentado o Globo Repórter, mostrando a situação da Saúde no País. Entre outras coisas, ele diz (Lê.): “Nos hospitais também têm assassinos, porque, se eles tivessem atendido minha filha com precisão e, mesmo assim, minha filha morresse, eu garanto para vocês que eu estaria sofrendo, mas nem tanto, porque eu presenciei, eu que implorei ajuda, eu implorei o exame, eu implorei para eles salvarem a minha filha, e o pouco caso foi muito grande”.

O Globo Repórter, a partir disso, procurou mostrar, no Brasil, o atendimento de saúde feito para o povo em diferentes Capitais e ficou procurando mostrar onde estava errado. Também esteve em Porto Alegre em mais de um posto, como no posto da Embratel, e eu posso afirmar, com segurança, que outros postos foram procurados pela equipe do Globo Repórter. Ele diz assim (Lê.): “Na comunidade de Nova Embratel, na Zona Sul da Capital gaúcha, médico, enfermeiros e agentes fazem mais que cumprir direitinho seus horários no Posto do Programa de Saúde da Família. Mas há no Brasil exemplos de quem não desistiu de fazer o certo. Na comunidade de Nova Embratel, na Zona Sul de Porto Alegre, o Posto do Programa de Saúde da Família tem lista com nomes dos funcionários na porta e ponto eletrônico que registra a presença deles. Nesse posto, médicos, enfermeiros e agentes fazem mais que cumprir direitinho seus horários. Eles têm compromisso em fazer a diferença na vida dos 4,5 mil moradores. Vladimir Dutra Barreto, médico: ‘Eu trabalho das 8h às 12h e das 13h às 17h’. Globo Repórter: ‘Todo o dia faz as suas oito horas?’ Vladimir Dutra Barreto, médico: ‘Segunda a sexta, normal. Não tem por que não fazer. O trabalho é para isso’. Globo Repórter: ‘E o senhor é satisfeito com a sua profissão?’ Vladimir Dutra Barreto, médico: ‘Claro, foi o que eu escolhi e é bem gratificante. Tem essa proximidade com a população. A gente, na verdade, caminha com eles’. O reconhecimento vem em forma de carinho. ‘Eles trazem bolo, trazem frutas’, revela a coordenadora do posto, Vanessa Couto. O posto tem índices de saúde que enchem de orgulho. ‘Ao todo, 80%, 90% dos problemas de saúde são resolvidos aqui. A gente tem que encaminhar através de consultas especializadas em torno de 10% só’, declara a coordenadora do posto Vanessa Couto”.

Esse retrato de Porto Alegre não serve para o Brasil, porque, em todas as Capitais e em todas as Cidades em que o Globo Repórter fez entrevistas, encontrou as mais sérias dificuldades. Um dos piores lugares foi o Maranhão, onde a Governadora não hesitou em comprar um helicóptero de 15 milhões de reais, e que, se pudesse, com pequenas adaptações, faria transporte de doentes com muita precisão e com muita ajuda para aquelas pessoas, mas lá o Governo não está preocupado.

Mas eu acho que mais sério foi o Presidente Lula, que não deixou votarem a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, que daria condições aos Estados e Municípios de dar um atendimento melhor à Saúde. Então, espero que, no Governo da Presidenta Dilma, agora, votem a regulamentação da Emenda nº 29 e que a população brasileira, a população das nossas cidades, tenha mais condições de atendimento.

Fico feliz que o Globo Repórter só tenha elogiado Porto Alegre; os demais Municípios apresentados foram todos criticados. Portanto, a Saúde, tantas vezes criticada em Porto Alegre, não vai tão bem como desejaríamos, como o Prefeito Fortunati desejaria, como todos os Vereadores desejariam, mas é melhor do que no resto do Brasil. Agora, se regulamentarem a Emenda nº 29, eu tenho a plena convicção de que, com mais recursos, todo o Brasil vai ser melhor atendido, e, consequentemente, Porto Alegre e o Rio Grande. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A propósito da referência do Ver. Dib, apregoo o Memorando que solicita representação, deferida por esta Presidente, ao Ver. Dr. Thiago Duarte, na cerimônia de sanção da Lei do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família, às 14h30min. O Ver. Dr. Thiago Duarte está representando esta Casa, assim como o Ver. Todeschini está na Assembleia Legislativa, neste momento, em ato em homenagem à Corsan.

O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu tenho uma comunicação a fazer, mas, antes disso, quero fazer um registro. Ontem, à noite, por volta das 21h, recebi um telefonema de um amigo meu, colega da Fazenda do Estado, que me comunicou que o DMAE esteve na rua onde ele reside executando uma obra, o reparo de alguns equipamentos que o DMAE tem lá. O DMAE esteve lá por volta das 16h, abriu um buraco na rua - confesso que não tenho o nome da rua aqui -, e, às 21h de ontem, e ainda não tinham sequer fechado aquele buraco, e havia terra esparramada na frente das garagens na entrada das casas. Ele me perguntou o que se poderia fazer com isso. Tentei fazer uma, duas, três ligações, o que não foi possível.

Em resumo, por volta da meia-noite, o meu colega teve que deixar o seu carro e o carro do filho, que voltava da faculdade, no estacionamento do vizinho. Eu digo isso na certeza de que não foram os servidores do DMAE que estiveram lá, meu amigo Chiodo, foi alguma empresa terceirizada que talvez quis agilizar o serviço, fez uma parte e não completou a obra. Isso causou um transtorno muito grande para os moradores do seu entorno.

Vou deixar uma mensagem, porque, na verdade, não é possível começarmos uma obra de escavação em frente às casas das pessoas no final da tarde, tendo certeza de que só voltariam lá no dia seguinte; esse é, no mínimo, um equívoco da empresa que lá esteve. Eu vou passar, depois, o nome da rua ao querido Valdir Fraga. Só para fazer este registro: é necessário dar uma olhada nessa ação. Certamente, eu conheço a competência dos anteriores e atuais administradores do DMAE e tenho certeza de que essa não foi questão levantada por eles.

Eu quero também, agora, nesta segunda parte da minha manifestação, comunicar que, hoje pela manhã, finalmente tivemos a votação para a definição dos nomes que vão participar da Comissão Especial da Copa 2014. A composição votada terá Presidente, Vice-Presidente, 2º Vice-Presidente e Relator-Geral, três Subcomissões Temáticas, da infraestrutura e serviços, do esporte e inserção social e da nossa Copa Verde.

Eu tenho dito que a Câmara está, sim, assoberbada de tarefas, que a Câmara está, sim, com um número bastante elevado de Comissões Especiais, que nós temos, sim, um número bastante grande de Frentes Parlamentares. Agora, quero registrar a importância que é para a cidade de Porto Alegre o bom andamento da Comissão que trata da Copa de 2014. Já marcamos alguns eventos; a nossa próxima Reunião é daqui a 16 dias, será na terça-feira, dia 20, às 17h. No dia 27, Ver. Tarciso, teremos uma Audiência Pública no Cristal, à noite. E nós temos, meu ilustre Vereador e Relator-Geral Pujol, já definidos alguns eventos, algumas visitas sugeridas, inclusive, pelo Ver. Pujol, que seria uma visita ao Aeroporto, uma visita ao Estádio Beira-Rio e uma visita à Arena do Grêmio. Além disso, nós temos já pré-definido e aprovado por nossa Comissão um encontro para o qual convidaremos as direções de entidades futebolísticas que tenham interesse de oferecer para a Cidade os estádios de futebol para treinamento. Então, trago essa observação, sendo que a última ideia foi apresentada pelo Ver. Tarciso. Um abraço a todos e obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; público que acompanha a nossa Sessão no dia de hoje, eu queria, Verª Fernanda, dialogar com o Ver. João Antonio Dib, quando ele usa a Liderança de Governo e disse que hoje o Governo Municipal está sancionando o IMESF - Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família. E falou atacando, na verdade, o nosso grande estadista, Presidente que foi deste País, Luiz Inácio Lula da Silva, que promoveu uma grande mudança e respeito pelo Poder Público, porque, até então, não se tinha tamanho respeito. E foi através da credibilidade dessas instituições públicas - muitas, poderemos até citar: a própria Polícia Federal, o Ministério Público Federal e tantas outras - ajudaram a construir uma relação mais transparente, para que a população tivesse acesso a essas informações. Mas alguns programas do Governo Lula, realmente, foram muito importantes e deram certo, como, por exemplo, o Programa de Saúde da Família, ficando a critério dos Municípios aderirem ou não esse Programa de Saúde da Família. Alguns Municípios, na verdade, utilizaram algumas ideias, não muito aceitas, de criarem Fundações Públicas de Direito Público; outras, Públicas de Direito Privado, que foi o caso de Porto Alegre. Tínhamos aqui uma enorme restrição com relação a essa ideia, até porque nós tínhamos, como entendimento inicial, que isso tinha que ser absorvido pelo Poder Público. Mas entendemos também que a Emenda nº 29, a que o Ver. Dib se referiu, não é uma Emenda que ficou só a critério do PT ou do Governo de coalizão do Congresso Nacional, até porque o PP, do nobre Ver. João Antonio Dib, está na base de coalizão do Governo Lula, está na base de coalizão do Governo Dilma. Então, a responsabilidade, Ver. Pujol, é de todos.

A Emenda nº 29, que transfere aos Municípios a responsabilidade em investir o percentual devido, tem que ser para ontem, e aí nós temos concordância, Ver. João Antonio Dib. E não é só isso que vai ajudar na redução da ambulâncioterapia ou do ônibusterapia, que hoje, na verdade, envolve e acaba absorvendo os grandes centros da Cidade.

Então, melhorar o atendimento nos grandes centros é, sim, também, fazer com que os Municípios assumam a sua parte, a sua responsabilidade, mas, por outro lado, percebemos que, apesar das inúmeras iniciativas, as emergências estão lotadas, as unidades de saúde das comunidades estão lotadas, e não há uma certa criatividade em poder ampliar outros serviços, que não é o que o IMESF vai fazer. O IMESF faz o atendimento básico na comunidade, até porque a Estratégia da Saúda da Família é atender as famílias credenciadas naquela unidade de saúde, naquele PSF. Portanto, quando se trata de uma consulta para um especialista, a questão já foge um pouco da alçada do Programa de Saúde da Família, e aí nós temos que ter ou um serviço de uma Central de Especialidade do Governo Municipal ou convênios ampliados para os prestadores de serviços, que são os hospitais filantrópicos da nossa Cidade e tantos outros serviços já credenciados, que, talvez, ainda não ofertem a demanda necessária para o nosso Município. Aí sim, o Poder Público, enquanto não o tem, precisa comprar, comprar vagas para especialistas, para exames que são estratégicos para uma possível cirurgia e vagas para fazer com que isso aconteça.

Então, enquanto não houver esse atendimento básico no seu universo, nós teremos emergências lotadas. E há a falta de internações, como acontece hoje, quando há pessoas com mais de 80 anos sentadas em uma cadeira, pessoas com mais de 80 anos deitadas em uma maca, ficando a semana toda aguardando uma vaga. É preciso, sim, que o Poder Público seja mais ágil, mais criativo para poder possibilitar um atendimento mais humanizado, que venha desde a consulta, lá no Programa de Saúde da Família, na Unidade de Saúde; no exame ao qual se tenha acesso mais rapidamente, e não a demora de um ano, dois anos, e também a possibilidade, se necessário, de uma cirurgia. Então, o contexto não é só uma coisa; é muito mais amplo, e é preciso, sim, o Município ser criativo, ser ágil, porque são muitas as pessoas que ainda estão morrendo sem atendimento médico.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Nilo Santos está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. NILO SANTOS: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; senhores e senhoras, eu quero fazer um pequeno relato do que foi discutido, hoje pela manhã, na Comissão Especial que trata dos moradores de rua, ou pessoas em situação de rua.

Ver. Elói Guimarães, V. Exª, que é uma pessoa experiente na política, tenho quase certeza de que não tem uma informação de uma nova droga que rola entre os moradores de rua, uma droga feita com mamão e o gás da lâmpada fluorescente - o mamão, pelo seu poder de absorção do gás que tem na lâmpada -, que provoca sangramento quase que imediato. Isso foi relatado hoje, pela manhã, inclusive nós vamos pedir que nos demonstrem, porque foi uma informação trazida pelo presidente de uma das associações dos moradores de rua de Porto Alegre. Dizem que provoca sangramento imediato. Quero chamar a atenção dos senhores sobre a importância, a necessidade de nos mobilizarmos, principalmente os colegas que fazem parte dessa Comissão que trata da situação dos moradores de rua. Temos problemas em todas as áreas: aqui, em Curitiba, em São Paulo; é problema na Saúde em Belo Horizonte, é problema em transporte em outro Estado. Nós temos problemas, mas um dos problemas que devem ser atacados imediatamente é com relação às pessoas em situação de rua.

Na reunião de hoje, pela manhã, participaram, também, o Conselho de Assistência Social, o Conselho de Saúde, representantes dos moradores de rua, a FASC, e eles não sabem como atacar o problema, senão de uma forma conjunta. É necessário um movimento conjunto, uma ação conjunta, Ver. Bernardino.

E hoje, um dos defensores dos moradores de rua argumentou que, em hipótese alguma, um morador de rua pode ser retirado de lá contra à sua vontade, se ele não quiser. Não pode ser retirado, em hipótese alguma, Ver. Elói, porque ele tem o direito de ir e vir!

Só que o meu argumento, Ver. Bernardino, é de que existe o verdadeiro amor e o falso amor! Dizem: “A pessoa tem o direito de ir e vir”. Ela pode estar morrendo ali, com seus filhos; ela pode estar doente ali, muitos deles são drogaditos, e pode não querer sair. Eles dizem: “Eu não quero sair, eu não vou sair”. E ponto final. E nós vamos para casa dormir tranquilamente! Os técnicos da FASC irão para casa dormir tranquilamente! Os agentes de Saúde vão para casa dormir tranquilamente, numa situação dessas, Ver. Oliboni? Numa situação dessas, não tem como dormir tranquilamente! Verª Maria Celeste, não tem como dormir com tranquilidade!

Então, precisamos criar uma ação conjunta. Por isso peço ao nosso querido Diretor Legislativo que defina uma nova data, já que a de quarta-feira está ficando difícil. Vamos definir um novo dia para que a Comissão Especial, que trata desse assunto, possa abrir para as demais Bancadas que não têm representação na Comissão, o PSOL, por exemplo.

Nos ajudem a construir uma saída para essa situação. Não podemos mais ouvir dizer que uma senhora grávida está morando embaixo do viaduto, está fazendo uso do crack, com uma barriga de sete meses! Nós não podemos permitir, como Estado, como Governo, que essa pessoa se mate e mate aquele bebê que está dentro dela!

Ação conjunta, já, para tratar do assunto dos moradores de rua!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadoras e Vereadores, eu queria falar sobre um tema que também foi reportado ontem, à noite, mas, primeiro, quero colocar ao Ver. Nilo Santos a disposição do PSOL - uma vez que, pelo número de Vereadores, nós não teríamos assento na Comissão - de participar da Comissão que debate um tema muito importante.

Eu circulo pela Cidade e conheço vários municipários da área da Assistência Social, e sei que muitos dos casos dos moradores de rua são justamente - cerca de 60% é a estimativa que os Assistentes Sociais têm - pessoas oriundas de problemas psíquicos, psicológicos ou de alguma dependência química, e que não encontram na rede municipal, na rede pública, o amparo e o atendimento para as suas necessidades mais básicas no sentido de garantir a dignidade e o tratamento de suas doenças.

Quantos de nós recebemos nos nossos gabinetes pedidos encarecidos de mães desesperadas pela necessidade de buscar uma vaga para internar os seus filhos e suas filhas? E nós vemos a ausência de leitos para os dependentes de crack, aqueles que merecem e precisam, sobretudo, de um apoio do poder público, no sentido de garantir a oferta multidisciplinar de políticas de assistência e de combate à dependência química. Então, esse problema dos moradores de rua, de fato, é uma questão muito complexa, que combina desigualdade social, pobreza, miséria, dependência e falta de assistência e estrutura de uma rede que não consegue, muitas vezes, resolver as questões básicas, como o atendimento a pessoas que sofrem de doenças psíquicas e problema de falta de moradia, evidentemente, como já foi relatado anteriormente.

Eu queria falar sobre dois momentos: primeiro, estamos hoje no dia 06 de abril, e, felizmente, o dia 1º de abril foi objeto de muitos atos e muitos debates como a necessidade da abertura dos arquivos da ditadura militar, a necessidade da punição dos torturadores. Nós vimos, no Brique da Redenção, uma mobilização dos estudantes e dos professores dos cursos de História, mostrando à sociedade porto-alegrense a necessidade de se combater os crimes cometidos, sobretudo com a verdade.

E, neste ensejo, eu gostaria de falar a respeito da Comissão da Verdade que está sendo criada nacionalmente para investigar os crimes da ditadura. Assim como a Suzana Lisbôa e aqueles que congregam a Comissão de Familiares dos Mortos e Desaparecidos durante a ditadura militar, não nos parece que a indicação por parte do Governo e da Presidente seja a melhor forma de garantir a democracia e a inclusão daqueles agentes, daquelas organizações que lutaram, durante o período da ditadura, contra o regime ditatorial e, depois, pelos direitos humanos. E também é fundamental que a gente amplie esse debate sobre quais as medidas a serem tomadas, na prática, para que a verdade venha à tona.

Felizmente, na Argentina, nós vimos, recentemente, um general torturador como o Videla ser condenado, fruto da luta das Mães da Praça de Maio, da luta e da maturidade da sociedade argentina. E o Brasil não pode ficar para trás. É uma vergonha que, num País como o Brasil, que viveu 20 anos de chumbo, que teve jovens, mulheres, sindicalistas, trabalhadores, trabalhadoras, população, de modo geral, torturada, reprimida, violentada, não tenha aberto ainda os seus arquivos, não tenha prendido ainda nenhum torturador. E muitos, oriundos desse regime, ainda seguem nos banquetes fartos do poder e nem sequer foram punidos pela República brasileira.

Nós estaremos acompanhando ativamente, atentamente, junto com as organizações, e lutando para que o Brasil faça esse resgate da História, faça justiça e trabalhe com a lógica de que a memória e a História são uma arma carregada de futuro. Cada punição é a garantia de que o Brasil não viverá mais anos de chumbo como aconteceu na nossa história.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Registro a presença e convido para compor a Mesa, se sua agenda permitir, o Deputado Estadual Paulo Odone, Presidente do nosso Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. Bem-vindo a esta Casa, sempre Vereador!

O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Srª Presidente, Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, quero saudar com muita alegria, com muito orgulho, a visita que nos faz o nosso Presidente do PPS, o nosso sempre Deputado, Presidente do Grêmio, Paulo Odone. Nas boas-vindas, ele já sentiu o calor humano desta Casa e o quanto é querido e respeitado pela Câmara de Vereadores de Porto Alegre, assim como em toda a Porto Alegre.

Eu venho a esta tribuna hoje muito orgulhoso, muito feliz, muito contente, porque, na segunda-feira, nós estivemos no Conjunto Residencial Rubem Berta, assinando a ordem de início de mais uma Unidade de Saúde no Conjunto Residencial Rubem Berta. É um conjunto com mais de 40 mil pessoas, moradores que passaram os seus 23 anos de existência com uma carência muito grande na área da Saúde. Depois de muita luta, de muita batalha, de muitas noites, muito empenho, muita parceria, nós conseguimos isso com a ajuda de várias lideranças, de todas as pessoas, de todos que se empenharam, pois isso não é obra de um homem só; isso é obra de várias pessoas que se dedicam a levar a Saúde a quem mais precisa. Foi lançada a ordem de início no dia 4 de abril. Tem quatro meses para ficar pronta a Unidade, com uma equipe de 17 pessoas, inclusive odontológica.

Lutamos por isso todos esses anos, pois não tínhamos nem sequer uma equipe de PSF, e passaremos a contar, daqui a quatro meses, com três equipes de PSF e, logo o número dessas equipes será aumentado, pois tem mais uma unidade prevista para aquela região. Não foi fácil; foi árduo, foi trabalhoso, mas também nos deixou muito contentes. Estamos muito orgulhosos por sabermos disso e termos o retorno para aqueles que trabalharam esses anos todos.

Quero parabenizar os moradores, os mais de 40 mil moradores do Conjunto Residencial Rubem Berta, Ver. Paulo Marques, por uma luta - não de dois, cinco ou seis anos - de 12 anos, em que lutamos muito, com muita dedicação das pessoas que vão passam, daqui a quatro meses, a ter três equipes de PSF, inclusive odontológica. Isso não é pouca coisa, não, porque houve uma época em que nós víamos filas, víamos pessoas reclamando da falta de remédios, de terem que permanecer na fila, de terem que ficar lá, ao relento, muitas vezes, e esse grupo de pessoas trabalhou muito e conseguiu levar um Posto de Saúde, um PSF para aquele local. Para mim, sempre vai ser o Programa da Família. Nós conseguimos isso, e logo vamos levar mais um. Esse é o complemento, Paulo Marques, onde tu também colocaste a tua mão, porque tu nos ajudaste na conquista do ginásio poliesportivo; são 950 metros, onde hoje estão atendendo um número muito grande - ainda não codificado - de adolescentes, não os deixando na rua. O ginásio está localizado e construído na Rua Fernando Camarano, junto ao Colégio Júlio Brunelli; portanto, serve ao colégio e serve à população.

Eu não sou um Vereador de muita conversa; eu sou um Vereador muito prático. Na realidade, eu tenho o orgulho de dizer na minha Cidade que eu sou comunitário. Tenho muito orgulho de dizer que estou junto lá, porque a força deste Vereador vem daquela comunidade e das comunidades mais carentes, que mais precisam em Porto Alegre. O meu trânsito é, sim, na periferia de Porto Alegre, é onde as pessoas mais precisam e é onde eu moro, com muito orgulho - lá criei a minha família.

Hoje eu estava dizendo para a minha esposa que temos mais de uma Unidade de Saúde, temos o reconhecimento ao Governo do Estado, temos o reconhecimento à Prefeitura e da Secretaria da Saúde, ao Conselho local de Saúde e Distrital, temos o reconhecimento àquelas pessoas que lutaram junto conosco. Sei que aqui vou cometer algum erro, porque não vou conseguir citar todos os que participaram desta luta, mas gostaria que todos se sentissem contemplados, participativos, nesta luta, que foi uma conquista dessa comunidade. Não é fácil, são 40 mil pessoas, e só havia uma Unidade de Saúde, que não tinha condições de atender 30%. Hoje nós chegamos, provavelmente, a 50% de atendimento, muito felizes.

Também quero saudar a reforma - com a luta que fizemos e conseguimos - do Posto de Saúde São Cristóvão, junto à Faculdade São Francisco; quero deixar um abraço e agradecer a todos.

Presidente, quero transmitir à senhora o contentamento daquela nossa comunidade lá por toda a luta que fez e pelo que hoje se realizou. Daqui a quatro meses, teremos mais uma Unidade de Saúde, batalhada, lutada, suada e que conquistamos.

Presidente Paulo Odone, com muito orgulho, com muita satisfação, quero lhe dizer que estamos trabalhando, lutando muito e levando a quem precisa o atendimento das necessidades. São três equipes de PSF, com Odontologia e tudo, um trabalho de uma equipe muito grande de pessoas que se mobilizaram, trabalharam e lutaram.

E hoje para completar a minha alegria, eu tenho o senhor aqui nos enchendo de orgulho e enchendo a Bancada do PPS de prazer, orgulho e satisfação em tê-lo aqui conosco. Muito obrigado pela sua presença; um abraço do tamanho do mundo! Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mario Fraga está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. MARIO FRAGA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, entrando, de imediato, no tema, Paulo Odone e Ver. Brasinha, peguei a minha carteira do Grêmio agora com a D. Márcia, com a assessoria do Grêmio. Tive a honra, Sofia, também, de ser colega do sempre Ver. Paulo Odone, aqui nesta Casa, hoje Presidente do Grêmio, Presidente do PPS e Deputado Estadual. É uma honra para nós, aqui, para a Câmara de Vereadores de Porto Alegre recebê-lo, nosso líder do Grêmio, neste momento, em especial para nós, gremistas. Com certeza, o Ver. Brasinha e eu, sempre que viemos à tribuna, fazemos referência ao Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense.

Hoje é um dia muito especial para nós, porque o Brasinha, em uma semana, conseguiu mobilizar aqui, junto com a nossa amiga Márcia, lá do Grêmio, mais de 50 novos associados para o Grêmio, com a meta, Presidente Odone, de chegar a 100 mil sócios no ano de 2012. Se Deus quiser, no ano da Copa, nós teremos muito mais do que 100 mil sócios.

Ver. Brasinha, meu amigo Brasinha, companheiro de geral, arquibancada, cadeira e social, lá no Grêmio, nos encontramos sempre. Em qualquer lugar que a gente ande, lá no Grêmio, o Brasinha está presente, e nós todos estamos presentes.

Brasinha, eu tenho a felicidade maior, porque, na nossa Bancada, de cinco Vereadores, Dr. Paulo Odone, somos quatro Vereadores gremistas, e ainda temos o privilégio de ter um Campeão do Mundo ao nosso lado: o Ver. Tarciso, a quem eu peço uma salva de palmas em homenagem ao Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense! (Palmas.)

Também faço uma homenagem, porque nós tivemos agora mesmo a passagem do Rudi Armin Petry, a quem eu tive a honra de conhecer, e muitos colorados estiveram lá. Faço referência também ao coirmão, Brasinha, que fez aniversário no dia 4; aos colorados da Casa, os parabéns, porque, se nós não tivéssemos o Inter, nós não teríamos alegria nenhuma.

Então, Brasinha, faço, mais uma vez, referência a V. Exª; parabéns por este momento do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense.

Convoco para amanhã a torcida para o nosso jogo, para a revanche. Amanhã, vamos colocar 40 mil pessoas no estádio.

Eu quero agradecer, mais uma vez, ao nosso Líder, o Ver. Mauro Zacher, que também é gremista e que me cedeu seu espaço de Liderança do PDT.

Faço esta referência: Ver. Mario Fraga, gremista; Tarciso, gremista; Mauro Zacher, gremista, e Luciano Marcântonio, também gremista.

E faço uma referência especial - vejam que coincidência: Ver. Valdir Fraga, o Ver. Dr. Thiago, da nossa Bancada, que é colorado, está representando a Casa lá na assinatura, Verª Sofia, da criação do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família - IMESF. Todos os Vereadores, em especial os da base do Governo, tiveram uma missão aguerrida aqui, a de aprovar o Projeto, meu querido amigo Ver. Marcello Chiodo, que, naquele momento, não estava aqui para nos ajudar, mas já ajudou bastante o nosso Governo, e hoje está na Casa nos ajudando. Faço referência ao Ver. Marcello Chiodo, gremista também, e ao seu irmão Agnelo - tenho grande carinho por vocês.

Hoje, também, quero deixar bem registrado, Deputado Paulo Odone, Presidente do Grêmio e Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon, que o Prefeito Fortunati está assinando a criação do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família. Eu só não fui lá porque estou, neste momento, neste exercício. Quando o senhor era Vereador, Paulo Odone, eu era o Vice-Líder do Governo. Fui convidado na segunda-feira para trabalhar junto com o Ver. João Antonio Dib; tenho o maior orgulho em trabalhar com ele e de ser seu liderado aqui nesta Casa, junto com o nosso querido amigo e companheiro Ver. DJ Cassiá. Nós esperamos que, nesta nova missão que o Prefeito Fortunati nos deu, façamos um bom trabalho e mantenhamos o trabalho que o Ver. Dib e o Ver. Cassiá estão fazendo, ajudando muito mais esta Casa.

Quero, pela última vez, fazer uma saudação ao Ver. Brasinha, que movimentou esta Casa hoje com os 50 novos gremistas. Não abro mão de eles estarem lá amanhã, torcendo pelo Grêmio, para a revanche, porque ainda está atravessada, infelizmente, aquela derrota lá em Guaiaquil. Muito obrigado, um abraço a todos. Viva o Grêmio! (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Vamos quebrar o protocolo. O Deputado Paulo Odone está com a palavra.

 

O SR. PAULO ODONE: Ver. Sofia Cavedon, Presidente, muito obrigado por essa quebra de protocolo. Eu não pretendia usar a palavra aqui, mas, como eu tenho saudades, muitas saudades do meu tempo de Vereador, chegou a me dar um nervosismo de reestreia quando me vi voltando a esta tribuna que me deu tanta gratificação.

Vim para agradecer o carinho com que vocês me receberam e me recebem aqui sempre que venho, independentemente de Partido, de cor; até alguns colorados que tem por aí, alguns infiltrados, outros enganados, perdidos, Ver. Tarciso, me gratificam muito me dando esse mesmo carinho. Muito obrigado a vocês.

A Câmara é algo fantástico na experiência de um político, posso dizer isso - e não é figura de linguagem. Eu realmente tenho saudades daqui. Vocês não sabem como é bom estar próximo da comunidade, dos eleitores, assim como se está quando estamos exercendo um mandato sentados nestas poltronas. Fora daqui, a gente valoriza muito isso.

Ontem, passei o dia em Brasília, frequentei Ministérios, estive em audiência com o Presidente da Câmara Federal, estive com Deputados Federais gaúchos, mas quero dizer que nada elimina, tira ou diminui a saudade e as boas lembranças do exercício do mandato de Vereador. Valorizem isso, porque vale a pena, Oliboni; é uma coisa bonita que a gente leva o tempo inteiro. E não contem para eles, ali na Praça da Matriz, mas aqui tem muito mais graça do que lá em cima. Muito obrigado pela oportunidade, o meu abraço e meus cumprimentos a todos. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): É uma honra tê-lo conosco, Deputado Paulo Odone. Desejamos sorte nas empreitadas. Ele me contava que estava em Brasília ontem, buscando mais investimentos para o trânsito no Humaitá, que ficará bastante complicado. E nós, com certeza, somamo-nos às fileiras, na pluralidade dos Partidos.

O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; senhoras e senhores, nossa saudação também ao Paulo Odone, que foi Vereador junto conosco aqui, nesta Casa, e que hoje, brilhantemente, está na Assembleia Legislativa como Deputado Estadual, e que também tem a função de presidir o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense.

Mas, Srª Presidente, eu estava vindo para a Câmara Municipal, e uma das emissoras estava entrevistando o atual Governador do nosso Estado, o Dr. Tarso Genro. E o Dr. Tarso Genro, juntamente com alguns outros Deputados ligados à base governista no Estado, falavam do que vai valer para o Estado a implantação da tal força-tarefa que foi colocada para investigar os problemas havidos no DAER. E essa força-tarefa se contrapõe a um pedido de CPI que não recebeu a assinatura das Bancadas do PT e de Partidos aliados ao PT no Governo do Estado. E dizia o Dr. Tarso Genro, Ver. Bernardino Vendruscolo, que as CPIs vêm apenas para desestabilizar governos, porque, afinal de contas, as investigações são feitas pelo Ministério Público, pelo Tribunal de Contas. Ora, no ano passado, as Bancadas do PT e do PSOL bem como outras Bancadas ligadas à oposição, então no Governo passado, de forma encarniçada, fizeram uma CPI e, de todas as formas, procuraram desestabilizar o Governo que estava estabelecido e tinha à sua frente a Governadora Yeda Crusius. Essas pessoas, de acordo com o que falou hoje o Governador Tarso Genro, prestaram um desserviço para o nosso Estado; eles fizeram um trabalho contra os interesses do nosso Estado, porque foi o Governador que falou hoje, numa das emissoras, Ver. Pedro Ruas, que as CPIs...

 

(Aparte antirregimental do Ver. Pedro Ruas.)

 

O SR. LUIZ BRAZ: Não, mas V. Exª tem que falar com o Governador, porque o Governador é contra a CPI. O Governador Tarso Genro é contra a CPI, e eu tenho certeza absoluta de que V. Exª, que é um homem decente e competente, é favorável que a CPI, para investigar o DAER, seja instalada, mas eu não ouvi barulho feito por V. Exª, Ver. Pedro Ruas; eu ouvi apenas V. Exª vindo aqui, timidamente nesta tribuna, com a competência que tem, para dizer que V. Exª, a Verª Fernanda e mais outras pessoas ligadas ao seu Partido, estiveram na Assembleia Legislativa pedindo a CPI. Mas eu não ouvi o barulho do ano passado! Eu não ouvi aquele barulho que foi feito no ano passado para que a CPI pudesse agir e desestabilizar o Governo que estava, até então, atuando na frente dos destinos do nosso Rio Grande do Sul.

Ora, mas então é para atuar contra a sociedade? Então só valem Partidos? Só vale poder? Assim vai ser difícil estabelecermos princípios democráticos - isso não é democracia. Se a CPI é a arma das minorias, isso é uma tirania que é estabelecida contra os Governos, porque se fala um monte de coisas, não se prova absolutamente nada, e as pessoas saem para poder provar que não: “Olha, eu não roubei, eu não matei, não fiz nada”. Mas o Governador atual, apoiado por uma grande maioria, inclusive por pessoas que falam baixo a essa altura dos acontecimentos, diz assim: “A CPI é para desestabilizar os Governos; quem investiga é o Ministério Público, é o Tribunal de Contas.” CPI, não! CPI no nosso Governo, não! Então, não pode ser assim.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PEDRO RUAS: Eu gostaria de fazer um registro, porque nós não temos mais, neste momento, a Liderança. Saiu na imprensa, Ver. Luiz Braz, com foto, com matéria, o apoio do PSOL à CPI dos Pardais. O Vereador, então, não leu os jornais, não viu os jornais. E fizemos mais...

 

(Aparte antirregimental do Ver. Luiz Braz.)

 

O SR. PEDRO RUAS: Não! Não, não, e com foto grande. Inclusive estamos com uma marcha programada, pedindo a CPI dos Pardais. O Vereador foi injusto, e eu espero que, oportunamente, retifique, Ver. Luiz Braz, essa questão quanto ao PSOL.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidente, quando dessa marcha, eu quero estar presente ao lado do Ver. Pedro Ruas. Faço questão de estar presente.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Srª Presidente, eu vou voltar ao mesmo assunto da semana passada: esses dois tempos não estão baseados no nosso Regimento. Por favor!

 

O SR. PEDRO RUAS: Eu concordo com o Ver. Bernardino Vendruscolo, pena não ter como deixar de responder. O Ver. Luiz Braz será recebido com muita alegria por nós, assim que assinar a CPI da Saúde em Porto Alegre.

 

O SR. NILO SANTOS: Srª Presidente, só uma contribuição, sei que talvez não pudesse fazer uso da palavra, mas para explicar bem sobre aquela droga que eu disse que as pessoas em situação de rua estão usando - é a folha de mamoneiro. Essas pessoas dobram a folha do mamoneiro, fazem um canudo e põem aquela parte branca da lâmpada fluorescente dentro, e por ali então cheiram. É isso que causa o sangramento imediato. Obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Nilo Santos.

Ver. Bernardino Vendruscolo, quando um Vereador se manifesta na tribuna em relação a um Partido, o microfone de apartes, para solicitação de revisão da fala, sempre foi utilizado. E foi isso que o Ver. Pedro Ruas fez, e o Ver. Luiz Braz também - claro, aí já extrapolou o debate no microfone de apartes.

O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadores e Vereadoras; senhoras e senhores, eu fico impressionado com alguns colegas Vereadores que vêm à tribuna pedir, veementemente, a assinatura da CPI no Governo do Estado, enquanto aqui, nesta Casa - e na política de Saúde do Município foram desviados dez milhões de reais pelo Instituto Sollus -, esses mesmos colegas não se propõem a assinar a CPI da Saúde. Creio que nós, do Partido dos Trabalhadores, iremos propor esse debate assim que esses colegas assinarem a CPI da Saúde na Câmara Municipal.

Sobre a Saúde, a que o Ver. João Antonio Dib se referia há poucos minutos, há o exemplo do PSF da Embratel. Numa reportagem, aquele posto foi o único referenciado em Porto Alegre; realmente ele tem um bom atendimento. Agora, eu quero registrar aqui, Ver. João Antonio Dib - inclusive temos feito esse diálogo, sempre, com o Secretário Casartelli -, que o Posto de Saúde do Lami continua com mau atendimento: as pessoas vão lá, e há falta de médicos. O Posto de Saúde de Belém Novo foi colocado provisoriamente numa casa, e o provisório se tornou definitivo sem ter as menores condições. O Posto de Saúde da Vila Castelo foi fechado, ainda na Administração Fogaça, para reabrir em três meses, e isso não foi feito...

 

(Aparte antirregimental do Ver. Mario Fraga.)

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Ver. Mario Fraga, falar que vai ficar pronto, mas faz três anos que a base do Governo diz que vai ficar pronto! O senhor e o Ver. Thiago, quando fecharam, arbitrariamente, o Posto de Saúde de Belém Novo, disseram que, por três meses, seria provisório; está até hoje o provisório; o provisório se torna definitivo. Portanto, eu quero dizer o seguinte: falta médico...

 

(Aparte antirregimental do Ver. Mario Fraga.)

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Ver. Mario Fraga, o senhor tem que assumir a falta de serviço público lá na sua comunidade, tem que assumir que o Posto de Saúde de Belém Novo foi fechado há três anos para reforma, foi colocado provisoriamente numa casa e funciona na precariedade. Digam o contrário, usem a tribuna, falem com a população!

 

(Aparte antirregimental do Ver. Mario Fraga.)

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Srª Presidente...

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Mario, vamos respeitar a fala da tribuna. Vossa Excelência terá o seu tempo para manifestação.

O seu tempo está garantido, Ver. Comassetto.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Muito obrigado, Srª Presidente, quero dizer que há Vereadores que não aceitam fazer o debate; o contraditório, nesta Casa, tem que haver. Gostaria, Srª Presidente, de sugerir que a próxima visita seja feita aos Postos de Saúde do Lami e do Belém Novo para constatarmos as denúncias que estou fazendo aqui desta tribuna; que a próxima visita da Câmara seja nesse sentido, inclusive chamando a população para mostrar a falta dos profissionais, que não comparecem, deixando as pessoas na fila. Isso é gestão, isso é uma realidade que existe em nossa Cidade.

Portanto, Ver. João Antonio Dib, aquela matéria que saiu, quanto ao posto da Embratel, que funciona bem e atende bem à população - coisa que em outros locais não acontece -, sim, é verdadeira.

Diante disso, quero dizer que a Presidenta Dilma lançou, no último dia 28 de março, um programa nacional, que é o Rede Cegonha, com 9,4 bilhões para serem investidos na saúde da mulher e em todo o processo, desde o momento em que mulher fica grávida até a criança atingir dois anos. Portanto, o Município de Porto Alegre precisa, imediatamente, se preparar para receber esse Programa e para que possa aplicá-lo.

Quero registrar que falei com o Secretário Casartelli no dia seguinte ao debate que se fez, e ele se propõe a vir a esta Casa - deveremos convidar também o Secretário da Saúde do Estado do Rio Grande do Sul - para discutirmos e aprovar definitivamente as UPAs, porque há 2,6 milhões já depositados há dois anos para serem utilizados nas UPAs. Precisamos disso, porque a população necessita. Essa é uma agenda que precisamos, imediatamente, percorrer nesta Casa, e a Saúde de Porto Alegre precisa melhorar; os postos de Saúde precisam atender à população necessitada, principalmente o PSF. E eu registro de novo, prezado Valdir Fraga, o senhor, que é morador do Lami: os postos de saúde do Extremo-Sul estão funcionando muito mal, precisam melhorar. Um grande abraço.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Srª Presidente, Srs. Vereadoras, Srs. Vereadores, quero agradecer ao nosso Líder, Ver. Idenir Cecchim, a disposição deste tempo, para que eu possa, Srª Presidente, tentar mostrar à senhora - eu acho que não precisaria, e em mais de uma oportunidade eu lembrei - que há colegas que abusam do nosso Regimento, e V. Exª fez críticas a este Vereador. Talvez V. Exa esteja esperando que eu use do mesmo instrumento, do mesmo tempo de alguns colegas, e eu não gostaria de fazer isso; acho que não é justo, não é certo. Quarta-feira, nós reservamos para a votação de Projetos, são 15h30min., e nós ainda não entramos na Ordem do Dia. Aquele microfone é um microfone de aparte, usa-se quando é possível o aparte e quando o Vereador que está falando dá o aparte; não tem autonomia para isso quem preside e, sim, quem está falando. Em outro momento, ele é um microfone que serve para fazer uma Questão de Ordem ou um Requerimento. O que se passou, anteriormente, não foi nenhuma das duas coisas. Os Vereadores vêm aqui nesta tribuna, usam o seu tempo - é deles, pode ser usado -; depois vão ali no microfone de aparte e repetem a mesma coisa que aqui disseram, e os demais Vereadores - e aí eu me incluo nos demais que estão aguardando para entrar na Ordem do Dia - têm que se sujeitar a isso. Toda vez que eu falei isso, com intenção até de ajudá-la, V. Exª me criticou. Lamento ter que lhe dizer isso, mas estou na fileira daqueles que querem ajudar o seu trabalho e o trabalho desta Casa, porque, se nós seguirmos o outro caminho, faremos a mesma coisa: ir ao microfone, falar algo que não tem nada a ver, depois outro faz a mesma coisa, e nós passamos todas as Sessões aqui com o mesmo comportamento, que leva, muitas vezes, a discussões sem interesse maior desta Casa.

Então, eu acho que isso deve ser cortado, imediatamente: se não é uma Questão de Ordem e não é um Requerimento, tem que cortar a palavra do Vereador; senão, não dá. Obrigado, Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Bernardino, observarei com atenção. Apenas quero lhe dizer que é difícil censurar a palavra do Vereador, nós não sabemos o que o Vereador vai falar, e eu considero deselegante interrompê-lo. Então, eu costumo ouvir o Vereador ou a Vereadora no microfone de apartes, e os Vereadores têm sido bastante breves, mas eu acho que a sua fala vale como uma recomendação. Eu queria agregar a ela uma situação que nós vimos há pouco: nós consideramos muito bem-vindo o Deputado Odone, mas o resultado foi que o conjunto dos Vereadores fez aqui uma conversa, numa roda, e eu fiquei na dúvida se interrompia a fala da Verª Fernanda e segurava seu tempo, porque, nesse caso, deveríamos apresentar o Deputado, apresentá-lo no meio da fala da Verª Fernanda. Acho que fiz mal, porque a tua fala ficou conturbada, Vereadora; quero, inclusive, pedir desculpas. Temos que cuidar quando o Plenário receber uma pessoa, para que ela seja recebida de uma forma um pouquinho mais discreta e usar, de fato, o microfone de apartes de forma objetiva e para apartes e requerimentos.

 

O SR. MARIO FRAGA: Muito obrigado, Presidente Sofia Cavedon, minha amiga. Eu queria, na verdade, pedir desculpas ao Ver. Comassetto, aos que nos assistem e à Casa pela forma com que me expressei. De jeito nenhum, o Ver. Comassetto é mentiroso. Quis dizer, naquele momento, que ele omitiu dois dados: que eu não estava na Casa quando foi interditado o posto e que as obras já começaram e têm término previsto para outubro de 2011. É só isso, e nada contra, porque eu e o Vereador temos trabalhado muito na Zona Sul. Inclusive, na segunda-feira, ficamos até quase meia-noite lá no posto da Brigada Militar em Belém Novo. Mais uma vez, peço desculpas. Obrigado.

Não há mais Lideranças inscritas.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 15h38min): Havendo quórum, passamos à

ORDEM DO DIA

 

VOTAÇÃO

 

PROC. Nº 6740/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 197/07, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que proíbe o uso de aparelhos de telefone celular durante as aulas, nas escolas públicas da Rede Municipal de Ensino, e dá outras providências. Com Emenda nº 01.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Nilo Santos: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CEFOR. Relator Ver. Airto Ferronato: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CUTHAB. Relator Ver. Alceu Brasinha: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CECE. Relatora Verª Sofia Cavedon: pela rejeição do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CEDECONDH. Relator Ver. Ervino Besson: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.

 

Observação:

- aprovada a Emenda nº 01.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Nós interrompemos a Ordem do Dia na última Sessão por falta de quórum na votação do PLL nº 197/07, de autoria do Ver. Haroldo de Souza. A Emenda nº 01 foi aprovada.

Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, o PLL nº 197/07. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 17 votos SIM e 06 votos NÃO.

Declaração de Voto firmada pelo Ver. Mauro Pinheiro. (Lê.): “A Bancada do Partido dos Trabalhadores entende o mérito da proposição no que tange ao disciplinamento do uso de celulares enquanto parte do desenvolvimento integral dos alunos da rede pública municipal de ensino, pois a inapropriada utilização em sala de aula poderá prejudicar as atividades que buscam tal desenvolvimento. Entretanto, não podemos esquecer ou negar que os instrumentos de tecnologia de informação e comunicação fazem parte do dia a dia das pessoas, principalmente das crianças e dos adolescentes e que, bem utilizados e sob orientação, potencializam o aprendizado e o conhecimento. Assim sendo, temos o entendimento de que é fundamental a preservação da autonomia de cada comunidade escolar (professores, alunos, funcionários, pais e responsáveis) no estabelecimento de regras e normas de convívio e uso desses equipamentos tecnológicos como o celular durante as atividades de ensino e aprendizagem, razão pela qual a Bancada do PT vota contrariamente ao presente Projeto e Emenda. Sala das Sessões, 06 de abril de 2011.”

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver. Mauro Pinheiro. A Justificativa irá para os Anais.

 

(Aparte antirregimental do Ver. Haroldo de Souza.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Já apregoei a votação. Inclusive, Ver. Haroldo de Souza, neste momento, já está na página da Câmara, acessível à população, o resultado da votação, como votou cada um dos Vereadores.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3673/10 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 033/10, de autoria da Verª Fernanda Melchionna e do Ver. Pedro Ruas, que concede a comenda Porto do Sol aos senhor Marcelo Ribeiro Freixo.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relatora Verª Maria Celeste: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Professor Garcia: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 28-02-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PR nº 033/10. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação do PR nº 033/10.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, quero ser muito breve, aproveitando para agradecer ao Ver. Pedro Ruas a oportunidade de encaminhar um tema tão importante para o nosso Partido, o PSOL, que é o reconhecimento do trabalho sério, dedicado, exclusivo, que o Marcelo Freixo, oriundo da vida de professor do curso de História, tem dedicado, em seu mandato parlamentar, à causa dos Direitos Humanos e ao combate às milícias organizadas, que são verdadeiras máfias que se instituíram ao longo das periferias da cidade do Rio de Janeiro, máfias que cobram propina sobre todas as atividades que são realizadas nas comunidades, como a compra de gás, a segurança, o comércio, e usam os piores métodos, truculentos, violentos, coercitivos, para garantir o controle sobre milhões de cariocas que vivem nas periferias da cidade do Rio de Janeiro. E esse trabalho sério, dedicado, corajoso que o Deputado Marcelo Freixo “comprou” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro deu origem à CPI das Milícias, que, apesar da demora na sua instituição, por questões regimentais da Assembleia Legislativa, prendeu, puniu cerca de 400 milicianos na cidade do Rio de Janeiro.

Organizado com os movimentos sociais em defesa dos direitos humanos, organizado com as entidades que fizeram campanhas de mobilização de combate a essa violência, inclusive em pessoas do Poder Público envolvidas nessas máfias instituídas nas periferias, o trabalho sério do Deputado Marcelo Freixo rendeu muitos frutos para a cidade do Rio de Janeiro, que ainda, evidentemente, segue na necessidade de seguir essa investigação. Não é à toa que o Marcelo Freixo foi inspiração do personagem Deputado Fraga no filme “Tropa de Elite 2”, em que a população, os Vereadores e Vereadoras podem ver a importância desse trabalho que ele vem realizando na cidade do Rio de Janeiro, ainda mais em se tratando em tempos de intolerância, quando vemos um menino de 14 anos ser baleado à queima-roupa, sem nenhum tipo de julgamento, sem nenhum tipo de debate, como aconteceu na cidade de Manaus; ainda mais em tempo em que o Estado, de uma maneira quase inexistente em relação aos equipamentos públicos, Ver. Pedro Ruas, no que tange à Educação, à Saúde, na maior parte da periferia da cidade do Rio de Janeiro, quando nós vemos as milícias tomando conta de várias comunidades, assolando, violentando, oprimindo, obrigando e fazendo, inclusive, a cobrança de propina a milhões de cariocas. É fundamental a investigação seja daqueles que são parte da Polícia Militar do Rio de Janeiro, daqueles que são parte das máfias organizadas com nome de milícias e aqueles que estão no Poder Público fazendo essa intermediação entre interesses econômicos promíscuos misturados com uma violência brutal.

Então, esse trabalho sério do Deputado já rendeu a punição de 400 pessoas. É uma CPI que é diariamente acompanhada pela sociedade carioca, e nós, no Rio Grande do Sul, gostaríamos de fazer essa homenagem àqueles que têm um trabalho dedicado, sério, que, sobretudo, traz frutos para a população.

Que possamos entregar a comenda Porto do Sol ao Deputado Marcelo Freixo, buscando estimular as esperanças das lutas pelos direitos humanos também aqui na cidade de Porto Alegre, como nós temos visto vários casos que estão sendo debatidos nas Comissões e que precisam buscar o norte da defesa do direito da dignidade do ser humano e dos seus direitos fundamentais.

Então, é a nossa expectativa. Agradeço novamente ao Ver. Pedro Ruas, e tenho a certeza de que a Câmara Municipal de Vereadores da cidade de Porto Alegre vai fazer uma homenagem digna e necessária ao corajoso Marcelo Freixo.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o PR nº 033/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 0769/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 029/10, de autoria do Ver. Aldacir José Oliboni, que obriga os estabelecimentos localizados no Município de Porto Alegre que comercializem alimentos e itens perecíveis a disporem de medidor de temperatura nos equipamentos destinados à conservação de alimentos e dá outras providências. Com Emenda nº 01.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CEFOR. Relator Ver. Airto Ferronato: pela rejeição do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CUTHAB. Relator Ver. Engenheiro Comassetto: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CEDECONDH. Relator Ver. Toni Proença: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da COSMAM. Relator Ver. Carlos Todeschini: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 07-02-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 029/10. (Pausa.) O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para discutir o PLL nº 029/10.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; público que acompanha a nossa Sessão no dia de hoje, eu queria, antes de entrar propriamente na discussão do Projeto, Ver. João Antonio Dib, contar da iniciativa, como foi que ela surgiu. Um belo dia, eu estava andando por um dos supermercados da nossa Cidade, um cidadão me chamou a atenção, dizendo que queria propor uma iniciativa. Ele pediu-me para verificar um daqueles freezers que ficam à disposição nos supermercados, mais precisamente os grandes freezers, aqueles que ficam abertos, onde ficam acondicionados vários tipos de alimentos. E ele me perguntou se eu estava vendo algum tipo de medidor de temperatura, porque ali estavam acondicionados alguns alimentos, sendo que alguns exigiam um certo grau de temperatura, e outros exigiam um outro grau de temperatura, e esses alimentos estavam acondicionados no mesmo freezer vertical. Ora, é evidente que eu disse “eu não estou vendo nenhum medidor de temperatura.” E o cidadão falou: “Eu gostaria de propor a ti, Vereador, que pudesses instituir a obrigatoriedade de que esses estabelecimentos, ao menos quando comprassem esses freezers, tivessem um medidor de temperatura, porque eu já fui vítima dessa situação, comprando um certo alimento neste supermercado, que, possivelmente, não tinha a temperatura ideal de conservação, conforme as embalagens de cada produto. E aí eu sofri uma infecção alimentar.” Por isso surgiu a ideia de poder dizer àqueles estabelecimentos que ora dispõem de produtos acondicionados naquele ambiente que não tem a temperatura ideal que isso está ocorrendo, o que acaba, de certa forma, atingindo a saúde do cidadão. Então, vejam só o que a pesquisa, em si, nos remete para poder colocar aos nobres Vereadores.(Lê.): “As normas referentes à higiene e manipulação de alimentos foram e são definidas pelo Ministério da Saúde... com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e evitar riscos decorrentes da utilização de bens, serviços e ambientes oferecidos à população na área de alimentos... A Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde determinou que todo estabelecimento que manipule gêneros alimentícios deve ter um responsável técnico, que deverá ter comprovadamente participado de cursos de capacitação, como por exemplo: contaminantes alimentares, doenças transmitidas por alimentos, manipulação higiênica dos alimentos e boas práticas” - uma vez que haja fiscalização e um medidor de temperatura adequado. Nós, inclusive, nos socorremos de um parecer trazido pelo nobre colega Ver. Todeschini, no qual consta uma matéria publicada na revista Higiene Alimentar, em 2003, de autoria de vários técnicos, como Lisandra Mürmann, Paulo Dilkin, Claudia Kowalski e outros, que dão algumas recomendações especiais (Lê.): “O uso correto dos equipamentos de frio reduz significativamente a deterioração dos alimentos e os riscos à saúde do consumidor. (...) Da mesma forma, a limpeza dos mesmos é de suma importância para garantir a conquista e a manutenção de bons padrões higiênicos, pois vários microorganismos podem influenciar na conservação e decomposição dos alimentos”.

Então fomos verificar uma pesquisa que diz que, no Rio Grande do Sul, somente no ano de 1996, houve 1.180 casos de infecção alimentar. Assim, vejam como tem procedência o uso desse simples medidor da temperatura, que deverá ajudar a acondicionar o alimento conforme consta em sua bula, trazendo um enorme benefício na área de Saúde.

Portanto, peço aos nobres colegas Vereadores que aprovem essa iniciativa que, por mais simples que seja, dialoga com a Saúde pública e com aquelas pessoas que querem comprar um alimento sadio armazenado nos freezers ou gôndolas dos supermercados da nossa Cidade. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLL nº 029/10.

Solicito que o Ver. Toni Proença assuma a presidência dos trabalhos.

 

(O Sr. Toni Proença assume a Presidência dos trabalhos.)

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; meus senhores e minhas senhoras, em 1830, o Governador da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul dizia “chega de leis”, e eu acho que estamos fazendo mais uma lei que dificilmente poderá ser cumprida. Quanto aos números de infecções alimentares trazidos, eu coloco lá as minhas dúvidas - não quanto à palavra do Ver. Oliboni, mas sim quanto à fonte que informou os dados.

Ontem, por ocasião da Reunião da Comissão de Finanças, foi chamada aqui a Agas, e um dos Vereadores levantou exatamente o problema que o Ver. Oliboni pretende solucionar, que é a colocação de termômetro para verificação da temperatura naqueles locais dos supermercados que têm necessidade de frio, para ver se estão com a temperatura exata. Os representantes da Agas disseram da dificuldade de atender ao que propõe o Ver. Oliboni.

Eu vou ao supermercado no mínimo duas vezes por semana, e, quando se chega na parte dos iogurtes, queijos, manteigas, embutidos, já se sente uma temperatura completamente diferente do resto do supermercado. Então, parece-me que há a preocupação, por parte dos donos de supermercados, de que a temperatura seja conveniente. No entanto, eles disseram que colocar um termômetro não adianta - e eu, como engenheiro, também acho -, não vai resolver coisa nenhuma, mas todos os equipamentos que agora estão sendo instalados já vêm preparados para que a temperatura ideal seja preservada, para que os alimentos estejam sempre saudáveis.

Então, nós fazemos uma lei, e não há como aplicá-la. O certo é que a preocupação existe, pois os equipamentos utilizados no setor de frutas, verduras, etc. estão funcionando. Eu não vejo onde colocar esse termômetro. Os equipamentos novos já vêm com termômetro embutido, funcionando normalmente. Colocar o termômetro, pura e simplesmente, não vai resolver o problema, não vai definir a temperatura do equipamento. Vai definir a temperatura do ar naquele local, mas a não do equipamento.

 

O Sr. Aldacir José Oliboni: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre colega, Ver. João Antonio Dib, nós percebemos que muitos desses freezers já têm, inclusive, temperatura digital. Por exemplo, em equipamentos que acondicionam cerveja, isso acontece, é visível. Esses mais baixos, os horizontais e grandes, que acondicionam - vou lhe dar aqui um exemplo, pizza e chester, não podem estar na mesma temperatura! São produtos diferentes, que exigem temperaturas diferentes, uma maior e outra menor, e hoje estão acondicionados em um mesmo local. Esse medidor de temperatura vem na parte interna. A grande maioria dos aparelhos já os tem - alguns não têm -, mas não existe nada obrigando que se fiscalize ou que determine que eles devam estar ali.

Por isso, o cidadão que me abordou dentro do supermercado foi muito oportuno ao me chamar a atenção e propor isso como lei, obviamente pode ser que ele tenha razões para fazer isso. Então, eu achei importante, achei que dialoga com a saúde, inclusive, porque os dados que eu trouxe - 1.189 casos de infecção alimentar em apenas um ano -, isso dá, por si só, um número que esperamos não aconteça mais! São mil e poucas pessoas que precisam ir a um hospital para serem atendidas, coisa que não haveria necessidade. Esses estabelecimentos, uma vez comprovado, deveriam, inclusive, ser responsabilizados.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Nobre Vereador, eu agradeço o aparte de V. Exª, pois é elucidativo. Há uma necessidade de fazer com que os alimentos sejam preservados, mas as pizzas, por exemplo, quando vou ao supermercado, eu vejo dentro de freezers fechados, não naqueles freezers horizontais. Então, não é bem assim. Agora, o que eles disseram foi que é difícil encontrar uma solução se o aparelho não vier já produzido para tal.

Então, não adianta colocar um termômetro naqueles freezers horizontais, que, inclusive, têm carnes. Não adianta, porque vai dar a temperatura do ar onde está o termômetro, e não a temperatura do equipamento. É por isso que eu disse que, quando vier um equipamento já produzido para fazer a leitura do que está acontecendo no equipamento, aí, sim. Senão, não vai valer, vamos fazer uma lei que não vai surtir o efeito desejado por V. Exª, que é a preservação dos alimentos, o que é uma preocupação saudável por parte de V. Exª, mas que não resolve o problema. Por isso, eu tenho a impressão de que o Projeto não deve ser aprovado. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para discutir o PLL nº 029/10.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Ver. Toni; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, escutei atentamente o proponente, escutei o nosso Líder, o Ver. João Dib, que, com sobradas razões, discorreu sobre a dificuldade de se fiscalizar isso.

Agora, o grande fiscal, Ver. Dib e Ver. Oliboni, é o consumidor, tanto que esse cidadão que falou com V. Exª deve ter achado um dos produtos e ter ficado pensando, porque até o leigo olha e se indaga por que estão juntos o frango, o chester e a pizza, mas, quando abunda o gelo, não estraga.

O que nós não podemos é, realmente, estabelecer a obrigatoriedade do uso do termômetro; equipamentos com termômetros digitais ou analógicos estão expostos em todos os locais de boa conduta comercial, eu diria assim. Eu tenho o maior respeito pela população que solicita este Projeto de Lei e pelo Vereador que o propõe, que o defende com argumentos; agora, eu também fico muito desconfiado desses números de mil e tantas pessoas com infecção intestinal.

Eu quero dizer que, no Município de Paraí, onde se faz a Festa do Leitão, só num domingo, houve 460 casos, e o culpado não foi o termômetro. Foram 460 pessoas com infecção, e não foi por falta de termômetro: foi porque o leitão, lá na terra onde estava o Ver. Todeschini... Ele não está aqui, agora, mas ele estava também nessa comilança em que quatrocentas e tantas pessoas contraíram infecção intestinal.

Então, mesmo que sejam reais esses números - o Ver. Dib duvidava da pesquisa; eu acho que sejam reais, Ver. Oliboni -, eu não acredito que seja por falta de termômetro. Assim, eu acho muito temerário fazer uma lei e não ter como a fiscalizar, fazer uma lei que não se possa cumprir por melhor intenção que se tenha. Há algumas dessas leis que ficam inócuas e não por não serem leis feitas com boa vontade, com vontade de querer acertar, mas pela dificuldade que se tem em cumpri-las, e lei não cumprida não é lei. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Registro, entre nós, a presença do Presidente da Carris, o nosso colega Ver. João Pancinha. Seja muito bem-vindo. Segundo o Ver. Bernardino, veio nos trazer notícias sobre o transporte público de Porto Alegre

Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, a Emenda nº 01 ao PLL n.º 029/10 (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 07 votos SIM, 10 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES.

Em votação nominal, solicitada por esta Presidência, o PLL nº 029/10. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADO por 06 votos SIM e 17 votos NÃO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 2391/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 105/10, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo e outros, que inclui incs. IX, X, XI e XII no caput do art. 2º da Lei nº 7.855, de 25 de setembro de 1996 – que oficializa, no âmbito do Município, a Semana Farroupilha e dá outras providências –, e alterações posteriores, ampliando o rol de instituições com representação na Comissão Especial responsável pela programação da Semana Farroupilha.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Pedro Ruas: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Engenheiro Comassetto: pela aprovação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 04-04-11.

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Em discussão o PLL nº 105/10. (Pausa.) O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir o PLL nº 105/10.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCULO: Ver. Toni Proença, na presidência dos trabalhos; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, esse Projeto é de autoria deste Vereador e dos Vereadores Adeli Sell e Dr. Thiago Duarte, que inclui os incisos IX, X, XI e XII no caput do art. 2º da Lei nº 7.855, de 25 de setembro de 1996, oficializando, no âmbito do Município, a Semana Farroupilha.

Fazem parte da Comissão que organiza os festejos farroupilhas várias entidades, e o nosso Projeto trata de acrescentar outras entidades no rol das que já estão contempladas. Hoje as entidades que fazem parte da organização dos festejos farroupilhas em Porto Alegre são: a Secretaria Municipal da Cultura; Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore - IGTF -; Movimento Tradicionalista Gaúcho - MGT -; a Empresa Porto-Alegrense de Turismo; a Câmara de Vereadores; a Brigada Militar; a 1ª Região Tradicionalista e a Associação dos Piquetes do Rio Grande do Sul. O que estamos pleiteando com o Projeto? A inclusão da Ordem dos Advogados do Brasil; da Polícia Civil do Estado do Rio Grande do Sul. Por que a Polícia Civil, em especial? Porque a Brigada já está contemplada, e entendemos que, por uma questão da paridade e de justiça, devemos incluir a Polícia Civil, porque, desde o ano passado, por um trabalho que já estamos fazendo há bastante tempo, a Polícia recebeu um espaço onde colocou um quiosque e teve um trabalho muito importante durante os festejos farroupilhas.

A outra entidade que estamos incluindo é a Empresa Pública de Transporte e Circulação - EPTC. Por que a EPTC? Porque, no evento Farroupilha - e isso é do conhecimento de todos, já temos levantamentos -, todos os anos, visitam o acampamento em torno de um milhão de pessoas, e o fluxo de automóveis, senhoras e senhores - Ver. João Antonio Dib, V. Exª, que é Líder do Governo -, é muito grande. O que está acontecendo? Os técnicos da EPTC são chamados quando o evento já está organizado, e nós entendemos da necessidade de a EPTC já iniciar o trabalho desde a primeira reunião, pois só eles sabem, mais do que ninguém, das necessidades no regramento do trânsito antes de iniciarem os festejos.

Outra entidade seria a Associação do Ministério Público, uma associação cujo galpão já é tradicional - muitos dos Vereadores o visitam anualmente -, e também é um órgão que, com certeza absoluta, Ver. Cecchim, vai contemplar, vai ajudar, vai colaborar, inclusive na fiscalização, e nós sabemos que precisamos, cada vez mais, nos preocupar com a fiscalização, principalmente quando se trata da aplicação de recursos, verbas e/ou patrimônio público.

Com certeza, essas entidades vão colaborar com aquelas que já estão ali e que vêm trabalhando nos últimos anos. É um Projeto simples, mas de uma importância e de uma necessidade muito grande, pelo que nós pedimos os votos dos colegas Vereadores.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Apregoo a Emenda nº 01 ao PLL nº 105/10, de autoria do Ver. Airto Ferronato, que inclui o inciso XIII, com a seguinte redação: “inciso XXIII - o Conselho Regional de Contabilidade.”

O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para discutir o PLL nº 105/10, justificando a sua Emenda.

O SR. AIRTO FERRONATO: Caro Presidente; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; senhoras e senhores; Ver. Bernardino Vendruscolo, vou votar favoravelmente ao Projeto, acho que ele é importante e estou apresentando também uma Emenda para que se insira o Conselho Regional de Contabilidade, até porque é da função da contabilidade a auditoria das contas. Acho que é um órgão que pode contribuir bastante com o Projeto e com a ideia que V. Exª está apresentando, dada a relevância do que é e o que já representa, para a Cidade, o nosso Parque Farroupilha e o seu evento.

 

O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Com certeza absoluta, Ver. Airto Ferronato, a sua Emenda é de suma importância. Quanto à forma, aos lançamentos e ao formato da prestação de contas, com certeza V. Exª foi feliz na apresentação desta Emenda e torço para que ela também seja aprovada. Obrigado.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Eu acredito que é uma contribuição, sim, que está se fazendo no aprimoramento do processo todo e é uma forma de trazermos para dentro desses eventos o nosso Conselho Regional de Contabilidade.

Quero aproveitar e dizer que sou favorável ao Projeto, voto favorável a ele.

Volto a falar de um tema que já foi falado aqui - que parecia que avançava bastante e deu uma segurada -, que é a construção do nosso parque temático no Parque da Harmonia, a nossa - entre aspas - “cidade campeira”. Eu sou favorável a ela também, participei de diversas reuniões que tivemos e acredito que é preciso retomar essa discussão com urgência. No mais, estamos juntos, e eu voto “sim” ao Projeto.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): Em votação o Requerimento que solicita a dispensa do envio da Emenda nº 01, de autoria do Ver. Airto Ferronato, ao PLL nº 105/10, à apreciação das Comissões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para discutir o PLL nº 105/10.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Ver. Toni Proença; Vereadores, Vereadoras, apenas para me manifestar favoravelmente ao Projeto do Ver. Bernardino Vendruscolo, do Ver. Adeli Sell e de outros companheiros Vereadores, porque nós precisamos, sim, trabalhar na ideia da transparência, Ver. Airto Ferronato; a ideia da transparência é fundamental para grandes eventos que recebem recursos públicos.

A Semana Farroupilha, em Porto Alegre, recebe recursos públicos e recebe recursos de locação de muitos e muitos cidadãos que têm um pequeno negócio, ou não, ali na Semana Farroupilha, e pagam caríssimo - muito caro. Mais de 2 milhões de reais foram arrecadados no último ano no evento da Semana Farroupilha, e, segundo o MTG, ou comissão atual, mais de 2 milhões e pouco foram gastos para realizar o evento. Quanto mais fiscalização, mais entidades vão colaborar para a ideia da transparência.

Nós aprovamos aqui vários Projetos. Um deles do Ver. Bernardino Vendruscolo, criando um conselho; outro, deste Vereador, instituindo a prestação de contas, anualmente, numa audiência pública, que foi aprovada e sancionada, e não foi feita a audiência pública, e não foi feita a prestação de contas. É lamentável, não é mesmo? Mas eu acredito que uma comissão ampliada, com órgãos de credibilidade, pode dar, sim, uma certa transparência na realização do evento, mas também no controle do que acontece dentro desse evento.

Eu tenho muitas dúvidas, e essas dúvidas não são só minhas; são dos cidadãos, daqueles que, na verdade, possuem os piquetes, ficam ali dentro e não recebem nenhuma infraestrutura adequada para mais de um milhão de visitantes, e, cobram de nós, Vereadores, uma solução para o caso. E esse mês da realização da Semana Farroupilha é um mês, aqui no Sul, muito chuvoso, e aquilo ali fica, às vezes, intransitável, Ver. Idenir Cecchim. Por isso o Poder Público tem que olhar com outros olhos para esse evento, de uma certa forma numa parceria entre as entidades que agora vão controlar e humanizar esse local, porque são milhares de jovens e crianças que vão visitar, até porque é uma questão tradicional, uma cultura nossa. Por isso é de extrema importância que haja um certo regramento, um controle e uma fiscalização adequada.

Portanto, vamos votar favoravelmente, Ver. Bernardino Vendruscolo, porque achamos que tudo que vem para ser transparente é bom para a Cidade e para os cidadãos. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Toni Proença): O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir o PLL nº 105/10.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, a iniciativa do Ver. Bernardino Vendruscolo, no sentido de ampliar a comissão que trata dos eventos da Semana Farroupilha, que se transformou num acontecimento dos maiores do Estado do Rio Grande do Sul... Chamamos de Semana Farroupilha, mas, na realidade, é o “mês Farroupilha”, pois, antes da Semana da Pátria, do 7 de Setembro, começam a chegar, na Estância da Harmonia, os nossos gaúchos, vindos de diferentes lugares e da área rural de Porto Alegre.

Porto Alegre - é impressionante - tem uma área rural muito grande, e eu tenho dito que, talvez - é um levantamento que ainda está à espera -, Porto Alegre seja a cidade que tenha mais cavalos - vejam bem o que estou dizendo aqui -, entre os Municípios gaúchos - não vou fazer uma afirmação categórica -, em face das hospedarias, de toda uma franja rural, de uma periferia rural muito grande.

Então, possivelmente, Porto Alegre seja a cidade com o maior número de cavalos - vejam o que estou dizendo - dentre os Municípios do Estado do Rio Grande do Sul, cavalos, evidentemente, preparados para desfiles.

 

O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Elói Guimarães, enquanto V. Exª estava numa Secretaria do Estado - aliás, V. Exª foi um grande Secretário -, nós aqui aprovamos uma Lei de nossa autoria que determinou o Acampamento Farroupilha com início no dia 20 de agosto e o término no dia 20 de setembro. Então, está confirmado o mês Farroupilha. Era isso. Obrigado.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Veja que V. Exª me atualiza. Aliás, eu diria, Ver. Bernardino Vendruscolo, o mês é oficial, então? Porque, logo depois do 7 de setembro, já se inicia o Acampamento Farroupilha, através da construção dos ranchos, enfim, de toda a movimentação.

Vou fazer apenas uma observação, Ver. Bernardino Vendruscolo, no que diz respeito à Associação do Ministério Público do Rio Grande do Sul. Veja que não é o Ministério Público; então, poderia se examinar até que ponto tem pertinência ou não tem pertinência a inclusão aqui dessa associação. Nada contra a Associação do Ministério Público, absolutamente nada, mas a pertinência... Nada contra também com o Ministério Público, que é uma instituição pública.

Então fica aqui apenas essa observação, mas, de qualquer forma, nós vamos acompanhar aqui a ampliação dessa comissão, no sentido de estabelecermos...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação a Emenda nº 01 ao PLL nº 105/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

Em votação o PLL nº 105/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3907/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 181/09, de autoria do Ver. Paulinho Rubem Berta, que determina a instalação de fraldários nos sanitários das praças e dos parques públicos do Município de Porto Alegre. Com Emenda nº 01.

 

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Mauro Zacher: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CEFOR. Relator Ver. Mauro Pinheiro: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CUTHAB. Relator Ver. Alceu Brasinha: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da COSMAM. Relator Ver. Dr. Thiago Duarte: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 14-06-10.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLL nº 181/09. (Pausa.) O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a palavra para discutir o PLL nº 181/09.

 

O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Srª Presidente; Sras e Srs. Vereadores; todos os que nos assistem, a finalidade deste Projeto é principalmente em relação ao rumo que estão tomando as coisas: nós teremos a Copa de 2014 em Porto Alegre e teremos milhares de turistas, entre eles mães com bebês; entre a nossa população de Porto Alegre, nós temos mães com bebês, e, na maioria das vezes, ao final de semana, o seu lazer é principalmente nas áreas de praças, de parques da Cidade, onde buscam relaxar e passar um belo final de semana. Tenho encontrado pela Cidade, muitas vezes, mães que têm a necessidade de trocar a fralda do filho, do bebê; automaticamente, não havendo lugar apropriado, os dejetos são colocados ao lado do banco ou jogados por uma pessoa mal avisada, mal preparada, no gramado, e isso resulta no fato de que animais - cachorros e outros bichos - vão lá, pegam essas fraldas com esses dejetos e saem a rasgar e a carregar para o parque, sujando, dessa forma, os nossos parques. É uma falta de higiene total.

Apelo aos nobres Vereadores no sentido de que nos ajudem a aprovar este Projeto - e faremos um apelo também ao Prefeito, para que não vete -, porque isso é o encaminhamento para uma Cidade bem mais civilizada, mais higiênica, contribuindo também para o nosso ambiente, que precisa ser preservado. Por isso, quero aqui, rapidamente, pedir que os Vereadores votem favoravelmente a este Projeto, porque ele traz benefícios para a Cidade, para as crianças, para as mães - principalmente para as mães que ainda estão amamentando. Dessa forma, estaremos contribuindo.

Em 2014, teremos milhares e milhares de turistas aqui, visitando os nossos parques, e eu gostaria que eles levassem uma boa impressão da nossa Cidade e divulgassem o que há de bom nela, sendo que essa é uma forma. Sei que há poucos sanitários nas praças, nos parques, mas nós iremos construir; Porto Alegre irá construir e estará com uma Lei preparada, preventivamente, para não haver sujeira e a falta de gente acompanhando essas construções. Muito obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para discutir o PLL nº 181/09.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Obrigado, Presidente. Sim, venho aqui defender o Projeto do Ver. Paulinho, porque realmente considero que contribui para a Saúde pública.

Ver. Bernardino Vendruscolo, V. Exª é autor de um Projeto que institui nesta Casa a Semana de Discussão da Verminose. A verminose, muitas vezes, é transmitida pelas fezes. Temos realmente uma epidemia não só em Porto Alegre, nesta Cidade acaba sendo menor, porque o Município, a Secretaria Municipal da Saúde, os médicos do Município acabam utilizando vermífugo de forma quase que rotineira em crianças a partir de um ano de idade.

Realmente são meritórios os Projetos dos Vereadores Bernardino e Paulinho Rubem Berta. Nós necessitamos disso. Falo como, futuramente, daqui a quatro meses, pai de duas crianças que usarão fraldas. Atualmente, só uma delas usa, mas, certamente, daqui a quatro meses, as duas vão usar, tanto a Maria quanto o João Pedro. Realmente, há uma necessidade disso. É um Projeto que realmente facilita principalmente o trabalho do DMLU, que, muitas vezes, é indevidamente muito criticado aqui. Existem diversos Secretários que, muitas vezes, são criticados aqui sem motivo. Cito o exemplo do Coronel Joaquim Moncks, Diretor-Geral do DMLU, que foi muito bem defendido aqui, esses dias, pelo Ver. Pujol; cito também o exemplo de crítica indevida ao Secretário Cássio Trogildo, que é uma das pessoas mais acessíveis que temos à frente da SMOV.

 

O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Primeiro, quero cumprimentá-lo. É um Projeto do Ver. Paulinho Rubem Berta, mas, pela citação do meu nome, digo que também admiro o seu trabalho, até porque o senhor é um entendido em planejamento familiar, assim como o Ver. Dr. Raul, mas V. Exª tem uma atividade bastante intensa, o que hoje se confirma pelo seu relato. Quero cumprimentá-lo por isso.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: O planejamento familiar, Ver. Bernardino, antes de tudo, é dar possibilidade, efetivamente, de as famílias escolherem quantos filhos vão ter. Nós, particularmente, eu e a Magda, escolhemos ter dois filhos; estamos executando isso e, a partir disso, podemos, inclusive, logo ali adiante, usar o método definitivo, que é a vasectomia.

 

O Sr. Paulinho Rubem Berta: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Dr. Thiago, quero lhe agradecer pelo apoio. Tenho certeza de que o agradecimento não é só meu, é também das mães, principalmente das que frequentam parques e praças da nossa Cidade, que vão ter um local adequado para poder trocar as fraldas dos seus filhos e, dessa forma, preservar também a saúde deles como também os nossos parques e praças. Muito obrigado pelo apoio.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: De nada. É um apoio realmente a um Projeto que é muito meritório.

Finalizo a minha fala, Ver. Paulinho, cumprimentando-o, efetivamente, por este Projeto. Não são só as mães, Verª Maria Celeste; os pais têm papel protagonista nesse processo, Ver. Pedro Ruas; os pais são muito importantes no trato das crianças. É muito importante que eles estejam próximos aos seus filhos, até porque da figura paterna, vêm os limites; da figura paterna, vem todo aquele superego que todos nós devemos ter.

Aproveito aqui para mandar um profundo abraço para o meu pai, que certamente está escutando esta Sessão Ordinária em casa, já que esta transmissão é direta. Muito obrigado, Srª Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para discutir o PLL nº 181/09.

 

O SR. PEDRO RUAS: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; público que nos assiste, eu quero cumprimentar o Ver. Paulinho Rubem Berta, na medida em que este tipo de Projeto a todos nós orgulha. Nós temos esta dupla função definida na Constituição Federal e na Lei Orgânica Municipal: fiscalizar e legislar. A fiscalização, tanto quanto a legislação, é inerente à nossa atribuição, ao nosso mandato. E o Projeto de V. Exª faz jus exatamente àquilo que nós temos como compromisso de Legisladores municipais com a comunidade da nossa Capital. Então, Ver. Paulinho Rubem Berta e o seu Partido, o PPS recebam aqui os nossos cumprimentos, o nosso abraço e o compromisso de aprovar este Projeto, salientando que ele serve, Ver. Tarciso, de modelo para muitas ações. Na verdade, é um conjunto de ações dessa natureza que nos permite ter, Verª Fernanda Melchionna, uma cidade com melhores condições para a sua cidadania e, efetivamente, justifica o nosso papel de Legisladores de Porto Alegre. Então, pela aprovação do Projeto, Ver. Paulinho Rubem Berta, com os nossos cumprimentos.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLL nº 181/09.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; meus senhores e minhas senhoras, eu não vou falar contrariamente ao Projeto e também não vou falar a favor do Projeto; eu vou dizer da minha vivência nesta querida Cidade, que é a nossa Porto Alegre, a Porto Alegre sobre a qual nós temos muitas responsabilidades.

Em primeiro lugar, a absoluta, muito absoluta, absolutíssima maioria das praças porto-alegrenses, que são quase 600, não tem sanitários. Aquelas que têm sanitários não têm condições de fazer essa adaptação que aqui está sendo solicitada. Teria que se fazer uma nova construção, e não se indica os recursos, pois conta no Projeto que as despesas decorrentes da aplicação desta Lei correrão por conta das dotações consignadas no orçamento, suplementando se necessário, mas não há no orçamento verbas para fazer sanitários e muito menos para fazer o que agora está sendo proposto, e que deva ser feito em 120 dias. Ao mesmo tempo, diz num outro artigo, que a regulamentação desta Lei estabelecerá o cronograma de implantação dos fraldários. No cronograma, consta o prazo de 120 dias. Está dito aqui. E agora?

Então, na realidade, eu diria que é meritória a preocupação do Vereador. Os supermercados, na maioria, têm fraldários; os shoppings têm fraldários, e estão espalhados em toda a Cidade. Agora, nas 600 praças do Município, não há dez com sanitários. Na Praça XV, será que dá para colocar um fraldário no sanitário existente? Ou na Praça da Alfândega? No Camelódromo, eu não sei como está. Quando eu, pela primeira vez, fiz um terminal de ônibus na Praça Rui Barbosa - isso lá em 1961 -, eu fiz um belíssimo sanitário, tanto masculino, quanto feminino, e talvez desse, pelo tamanho que tinha, para fazer um fraldário, mas, nos demais, eu não conheço, honestamente. Acho que, em primeiro lugar, nós tínhamos que ter sanitários nas praças, e, quando se construísse o sanitário, simultaneamente, se colocasse o fraldário - aí eu acho que seria viável.

Mas, então, nem sim, nem não; eu, evidentemente, acho a preocupação meritória, mas eu não sei como resolver o problema; então eu vou me abster. Eu não vou votar nem a favor, nem contra; vou deixar que os meus Pares decidam depois das informações que eu trouxe, pela experiência que eu tive ao longo de 34 anos que eu fiquei na Prefeitura, e fiquei tomando conhecimento de muitas coisas em razão das diferentes posições que ocupei.

Então, eu coloquei o problema, eu quero que façam uma análise daquilo que eu disse aqui e agora. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Toni Proença está com a palavra para discutir o PLL nº 181/09.

 

O SR. TONI PROENÇA: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; senhoras e senhores, eu acho que o Ver. Dib pode ter razão, pois, nas praças, talvez nós tenhamos dificuldade de colocar em prática o Projeto do Ver. Paulinho, que certamente nós aprovaremos aqui. Mas nos parques, na orla do Guaíba - nos principais espaços de convivência da orla -, certamente o seu Projeto vai ser muito bem-vindo, Ver. Paulinho. Como disse o Ver. Pedro Ruas, é um Projeto que nasce da sabedoria popular, da convivência dos espaços públicos da Cidade e que tornam a vida, principalmente a das mães com filhos pequenos, mais difícil, pela ausência de um local para trocar as fraldas e, às vezes, até para trocar as roupinhas dos nenês. E acho, Verª Fernanda, que, ao termos os fraldários junto aos banheiros públicos, possamos ver as pessoas se educarem ao ver as mães e os pais usarem os fraldários, deixando-os limpos e asseados como encontraram, assim como fazem as mães e os pais que cuidam dos seus filhos. Talvez tenha até um cunho educativo esse seu belo Projeto, simples, mas de muita importância para a Cidade.

 

A Srª Fernanda Melchionna: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Toni Proença, primeiro, eu lhe agradeço o aparte. Eu queria usar o aparte para parabenizar a iniciativa do Ver. Paulinho, porque, ainda que seja uma busca a instituição de fraldários em todos os parques, praças e lugares de lazer, cabe constatar a quase inexistência dessa possibilidade para as mães e para os pais utilizarem um local apropriado para trocar os seus filhos, nos espaços em que as pessoas vão na sua hora de lazer.

Eu acho que é um Projeto meritório, muito singelo, porém muito importante no sentido de valorização dos equipamentos públicos. Eu queria só registrar a necessidade de ampliar a existência de banheiros públicos nos parques e praças, assim como no Centro da nossa Cidade, que é uma dificuldade para a população de Porto Alegre - e já fica o registro para a Prefeitura, evidentemente. Agradeço a V. Exª o aparte.

 

O SR. TONI PROENÇA: Agradeço o aparte. Oportuna e bem lembrada a ausência de banheiros públicos em alguns locais de muita concentração.

 

O Sr. Tarciso Flecha Negra: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Toni Proença. Quero parabenizar o Ver. Paulinho Rubem Berta. Todos sabemos que os Projetos do Paulinho são sempre dirigidos para a periferia, para as vilas. Paulinho, tenho certeza de que o seu Projeto irá contemplar todas as periferias, todas as vilas. Que maravilha, Paulinho; continue fazendo isso pela nossa Cidade.

 

O SR. TONI PROENÇA: Obrigado pelo aparte, Ver. Tarciso. Então é isso. Ver. Paulinho, parabéns pela iniciativa, parabéns pela ideia. Tenho certeza de que, se esta Casa aprovar o Projeto, estará saudando um novo momento para a convivência dos espaços públicos de Porto Alegre, saudando uma iniciativa que vem justamente da base mais ampla da cidade de Porto Alegre e de sua população. Muito obrigado, Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para discutir o PLL nº 181/09.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETO: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, venho aqui, em nome da nossa Bancada, a Bancada do Partido dos Trabalhadores, Ver. Paulinho Rubem Berta, para dizer que o seu Projeto tem uma grande importância, inclusive para o momento que estamos vivendo na cidade de Porto Alegre, Ver. Toni Proença e Verª Maria Celeste. No próximo domingo, haverá eleições para os Conselhos Tutelares, que é o Conselho que tem a função de lutar pelos direitos e pela proteção da criança e do adolescente. Esta sua proposta nada mais é do que estender um direito às crianças e às suas famílias de terem, nos espaços públicos, o ambiente necessário para ser utilizado como um equipamento básico de saúde, como um equipamento básico de proteção à criança. Para aquelas famílias que têm crianças e que utilizam os espaços públicos, é de grande importância que haja os fraldários nos sanitários públicos das praças e dos parques.

E aproveito esta discussão para trazer aos nossos ouvintes e ao Poder Público Municipal a importância da qualidade dos nossos banheiros públicos, que, infelizmente, quando existem, são de baixa qualidade na sua estrutura e, principalmente, na sua manutenção de higiene.

Então, é necessário que o Poder Público olhe para os banheiros públicos, inclusive aumentando o número deles na nossa Cidade.

Ontem, fazíamos um debate na CUTHAB, e o senhor estava presente, onde os próprios taxistas da Rodoviária vieram até nós para reclamar a falta de banheiros públicos, pois, num espaço como a Rodoviária, é necessário que haja banheiros públicos e também fraldários. Nos aeroportos, já existem os equipamentos, mas, nas nossas praças e nos espaços públicos, há uma grande debilidade deles.

 

O Sr. Paulinho Rubem Berta: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vossa Excelência é uma das pessoas que mais se preocupam, que eu conheço, com a cidade de Porto Alegre. Nós temos trabalhado sempre para que as pessoas ocupem os parques, ocupem as praças e tirem o espaço, principalmente, dos marginais. Em quase todas as reuniões que fizemos pela Cidade, a gente ouviu isso, e sempre dizemos que, quando um cidadão cede o seu espaço não frequentando a praça, o marginal irá se instalar nessa praça.

Pois será mais um serviço prestado pela nossa Prefeitura Municipal, que deverá fazê-lo, para manter as pessoas nos parques, nas praças, ocupando o seu direito. E nada melhor do que respeitar o direito da mãe e do seu filho, que terão um local adequado para utilizar. Obrigado.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Agradecemos o aparte.

E queremos dizer que a nossa Bancada votará favoravelmente, e falo em nome do nosso Líder, Mauro Pinheiro, porque é um Projeto importante.

E já convido todos os colegas Vereadores que queiram conosco participar para, no próximo dia 18, estarem discutindo junto com o Secretário Municipal de Acessibilidade, mais um conjunto de entidades, o Plano Diretor de Acessibilidade, que trata dos equipamentos públicos para as pessoas portadoras de deficiência.

Então, mais uma vez, digo que o Projeto dos Fraldários será votado num bom momento, na semana anterior à eleição para o Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente, que tem a responsabilidade de defender os seus direitos e os deveres. Portanto, fraldários para as crianças e suas famílias. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para discutir o PLL nº 181/09.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª Presidente, prezado Ver. Paulinho Rubem Berta, o nosso Líder do PSOL, Ver. Pedro Ruas, e eu evidentemente já manifestamos ser favoráveis à sua proposição. Eu acho que cabe o debate com o Município sobre a necessidade da ampliação dos sanitários públicos nos parques, nas praças, nas áreas de lazer e de cultura da cidade de Porto Alegre, para a comodidade da população. Nós ouvimos, recorrentemente, da população que transita pelo Centro a reclamação da ausência de um espaço público, como existe em várias cidades do mundo. Não é nenhuma invenção da população; ao contrário, é a reivindicação de algo que já existe em muitos lugares: muitos banheiros espalhados nos locais de maior circulação de gente, permitindo melhor usufruto, pela população, dos equipamentos da cidade. Nesse caso, nós estamos falando, inclusive, de uma concepção de direito da cidade. E esta Cidade, que se prepara para receber a Copa de 2014, tem que ter também a ampliação dos direitos da população, inclusive equipamentos públicos, para que haja melhor circulação nas nossas praças e parques.

Evidentemente, nós estamos vendo uma lentidão na realização das obras de melhoria da Cidade, como a da Praça da Alfândega, onde há equipes diminutas trabalhando para fazer a revitalização de um espaço importante. Isso preocupa a Associação de Moradores do Centro, preocupa inclusive os organizadores, as pessoas que apoiam as iniciativas culturais que se realizam naquele espaço, como é o caso da Feira do Livro de Porto Alegre, e preocupa a população passante do nosso Centro, que não está vendo andar um projeto tão importante para a Cidade, assim como as obras do Túnel da Conceição que, de fato, seguem com problema de poucas equipes, quando nós precisamos da ampliação de uma obra que diz respeito ao fluxo direto da nossa Cidade. Isso é muito importante. Estão muito atrasadas as obras e, no que tange ao direito da população, mais ainda. Nós não temos retorno, Verª Sofia, Presidente da Casa, que esteve lá na Vila Cristal, nós não temos retorno! Onde ficarão localizadas as 400 famílias que esperam o seu direito à moradia nessa duplicação da Av. Tronco? Nós não temos resposta dos terrenos que estão sendo listados perto do local, como é a reivindicação! Não pode ser uma Copa que só sirva aos interesses das grandes empreiteiras e que faça uma cidade para inglês ver ao invés de promover o desenvolvimento social, ao invés de combater as desigualdades na nossa Cidade, gerar renda, gerar emprego e melhorar os equipamentos públicos da cidade de Porto Alegre.

Por isso, é importante reivindicar que, nesse bojo, esteja incluída, sim, a construção de sanitários nos parques e praças, e o Projeto do Ver. Paulinho ajuda muito a ter essa diretriz na legislação municipal, no sentido de que todos os sanitários já venham equipados com os fraldários, permitindo aos pais e às mães acesso a esse equipamento para poder garantir a troca de fraldas dos seus filhos. Então, eu queria, mais uma vez, falar que votaremos a favor do Projeto do Ver. Paulinho, trazendo essa reflexão da Copa, da necessidade de melhorar os equipamentos da nossa Cidade e da necessidade da aceleração de algumas obras importantes que, lamentavelmente, andam a passo de tartaruga na nossa Cidade.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Apregoamos a Emenda nº 02, de autoria do Ver. Thiago Duarte, Mauro Zacher, Dr. Raul Torelly, Ver. Toni Proença e Ver. Bernardino Vendruscolo, ao PLL nº 181/09. (Lê.): “Acrescenta ao final da redação proposta pelo art. 1º do PLL nº 181/09 a expressão ‘onde houver banheiros’.”

Apregoamos o Requerimento, de autoria do Ver. Toni Proença, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 02 ao PLL nº 181/09, à apreciação das Comissões, para Parecer. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Apregoamos a Emenda nº 03 ao PLL nº 181/09, proposta pelo Ver. Professor Garcia, e assinada pelo Ver. Idenir Cecchim, Líder da Bancada do PMDB. (Lê.): “Inclui no art. 1º do Projeto de Lei do Legislativo o termo ‘e centros comunitários’ após ‘dos parques públicos’.”

Apregoamos o Requerimento, de autoria do Ver. Professor Garcia, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 03 ao PLL nº 181/09, à apreciação das Comissões, para Parecer. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

O Ver. Dr. Raul Torelly está com a palavra para discutir o PLL n.º 181/09.

 

O SR. DR. RAUL TORELLY: Srª Presidente Sofia Cavedon; Vereadores, Vereadoras; todos que nos assistem, este Projeto é proposto de uma maneira muito peculiar e muito significativa, principalmente para aquelas pessoas - que são muitas, que são milhares - que frequentam os nossos parques, as nossas praças e até os nossos centros comunitários, como colocado, agora, na Emenda, e que têm os seus filhos usando fraldas. Nós sabemos que o fato de ter onde trocar a fralda, na realidade, traz qualidade, traz saúde, mas também isso tem de ser feito de uma maneira que haja onde colocar esse material que está sendo tirado. Não podemos ter, isoladamente, um fraldário, sem termos um banheiro, por exemplo, que dê suporte a essa atividade.

Então, eu acho que temos que qualificar a nossa Cidade da melhor forma possível, as nossas praças, os nossos parques, os nossos centros comunitários, e a presença de um fraldário vai fazer com que tenhamos muito mais afluxo de pessoas que, normalmente, nem iriam aos parques e às praças, não aproveitariam o sol, não levam as crianças em função das dificuldades que são historicamente encontradas. Sabemos que a Cidade se movimenta de maneira permanente e temos que buscar a qualificação do mobiliário público, da questão da urbanidade, da civilidade das pessoas. E essa questão que envolve o fraldário traz a todos uma maior dignidade no atendimento tanto do seu lazer como das necessidades das crianças que são levadas pelos seus pais. Então, acho muito importante que encontremos mecanismos para fazer não apenas com que esta seja uma lei a mais na nossa Cidade ou um projeto de lei a mais, aprovado aqui por esta Casa, mas que encontremos uma maneira de operacionalizar isso, realmente, na Cidade, de uma forma significativa, para que se faça a diferença nessa questão.

Acredito que o próprio fato de aprovarmos hoje, aqui, essas Emendas que ajustam um pouco o Projeto, um Projeto que tem todo o mérito, como já foi aqui dito, vai fazer com que o Executivo se debruce eficientemente, esperamos, sobre essa matéria e que, pelo menos, consiga, de maneira ágil, implantar esses fraldários em locais importantes para a população de Porto Alegre.

 

O Sr. Paulinho Rubem Berta: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. DR. RAUL TORELLY: Com prazer. Dou um aparte ao Vereador e autor do Projeto, Paulinho Rubem Berta.

 

O Sr. Paulinho Rubem Berta: V. Exª, Ver. Dr. Raul, é um homem que está comprometido com a saúde, com a higiene e com o bem estar da população. Nós caminhamos e temos o sonho de atingir o Primeiro Mundo, e, no Primeiro Mundo, isso é possível. Por que na nossa Cidade não? Por que a nossa Cidade não pode ter um local onde a mãe possa, com tranquilidade, abrigada, trocar o seu filho e conseguir dar segurança na área da saúde? Por isso eu quero dizer o seguinte: eu acho que tem que permanecer “praças”. As praças são da nossa Cidade, e a nossa Cidade tem que dar as condições para que possamos frequentá-las. Obrigado.

 

O SR. DR. RAUL TORELLY: Eu louvo a iniciativa do Ver. Paulinho Rubem Berta e, realmente, acho que é importante que o Projeto permaneça indicando as praças. Agora, nós não podemos ter uma falsa ilusão, achando que, nas nossas quase 600 praças, possamos implantar, de uma maneira urgente, emergente, os fraldários, mas eu acho que a sinalização que o Projeto traz, da necessidade de que as praças também tenham esse instrumento para facilitar a vida dos que ali frequentam, é muito positiva; e também creio que as Emendas, neste momento, vêm dar ao Projeto um significado de efetivação e de uma viabilidade maior.

Então, nesse sentido é que eu me pronuncio. Eu acho que isso faz com que Porto Alegre melhore os seus parques, melhore as suas praças, os seus centros comunitários, e, com certeza, estaremos juntos na aprovação das Emendas e do Projeto. Saúde para todos.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Apregoamos a Emenda nº 04 ao PLL nº 181/09, proposta pelo Ver. Tarciso Flecha Negra e assinada pelo Ver. Mauro Zacher, Líder da Bancada do PDT (Lê.): “Inclui no art. 1º do Projeto de Lei do Legislativo o termo ‘e nos campos de futebol’, após a expressão ‘dos parques públicos’.”

Apregoamos o Requerimento, de autoria do Ver. Tarciso Flecha Negra, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 04 ao PLL nº 181/09, à apreciação das Comissões, para Parecer. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

O Ver. Eloi Guimarães está com a palavra para discutir a votação do PLL nº 181/09.

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, quero saudar a iniciativa do Ver. Paulinho Rubem Berta, que é, digamos assim, prenhe de mérito, carrega toda a sua virtualidade no que diz respeito ao mérito. Agora, com a angústia do legislador não só municipal como também do nacional e regional, dos estados, que é o estreito espaço para legislar - esta é a grande verdade: o estreito, o exíguo espaço para legislar na conformidade das disposições que regem e que nascem no leito da Constituição Federal, constituições estaduais e leis orgânicas -, eu quero fazer um pacto com o autor da proposição, o Ver. Paulinho Rubem Berta. Eu vou acompanhar a iniciativa de V. Exª, com a ressalva que estou a pactuar com V. Exª - e não estou aqui pré-julgando o que possa ocorrer, com a possibilidade de veto na matéria em cima da questão da legalidade, da questão constitucional -, que haverá de me dispensar, porque, senão, a gente fica em situações difíceis. Esta é uma Casa política, a gente compreende o papel de uma Casa política, mas é está sob o guante da legalidade, da legislação, da Constituição e tal. Então, eu faço um pacto com Vossa Excelência: num eventual entendimento, V. Exª, de antemão, já me libera, porque, muitas vezes, a gente fica em situação difícil e fica como pinguela de beco. E eu venho de longe nesta Casa, de alguns mandatos. Então, é bom que a gente estabeleça, Ver. Paulinho Rubem Berta, esse relacionamento, vamos dizer assim, de forma ampla, para que não haja, depois, dificuldades. A iniciativa de V. Exª, no mérito, é inquestionável porque atende àquelas finalidades que o parque e a praça estão a dever às pessoas, que são equipamentos indispensáveis à sua utilização. Então, são dados os equipamentos, mas não se dá a sua plena utilização, e a iniciativa de V. Exª implementa a necessidade dos referidos equipamentos. Mas quero fazer esse pacto com V. Exa, porque a iniciativa está absolutamente coberta de razão, tem mérito, atende à plenitude que devem ter esses espaços públicos. Ouço nosso querido amigo, Ver. Tarciso Flecha Negra.

 

O Sr. Tarciso Flecha Negra: Obrigado pelo aparte, Ver. Elói. Eu acabei de fazer uma Emenda sobre os estádios de futebol, porque, hoje, em todos os lugares do mundo, eles também têm fraldários, e aqui, o Internacional, o Grêmio, o Cruzeiro, o São José também deveriam ter. Eu vejo, hoje, nos estádios, mães com crianças de um ano, um ano e meio no colo. Então, seria mais uma coisa para a nossa Cidade e é aquilo que a FIFA cobra, que o estádio tenha essa segurança.

O SR. ELÓI GUIMARÃES: V. Exª coloca com muita propriedade o conhecimento específico que tem, e sugiro fraldários para os nossos campos de várzea também. Portanto, fica aqui a nossa manifestação no sentido, Ver. Paulinho Rubem Berta, de acompanhar o Projeto de V. Exatamente, no que diz respeito ao mérito da matéria.

 

O Sr. Paulinho Rubem Berta: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Cumprimento V. Exª e aceito o pacto que propõe, mas gostaria de dizer que nós percorremos todos os trâmites, tudo o que foi necessário. E a Comissão de Constituição e Justiça manifestou-se desta forma (Lê.): “A Procuradoria desta Casa, fl. 5, apontou malferimento normativo no Projeto. O autor apresentou a Emenda nº 01 com o objetivo de sanar tais apontamentos. É o breve relatório. Analisando o Projeto com a Emenda nº 01, entendemos que ela não só o corrige, mas, consubstanciado no art. 56, inciso V, da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, permite que tramite. Por isso concluo pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto com a Emenda nº 01.”

 

O SR. ELÓI GUIMARÃES: Muito bem.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir o PLL nº 181/09.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Verª Sofia Cavedon; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; Ver. Paulinho Rubem Berta, eu, na verdade, já havia feito uma brincadeira séria, com responsabilidade, com o meu Presidente da CCJ, Ver. Elói Guimarães, sobre a juridicidade da sua proposição. Esta Casa é uma Casa política, e o seu Projeto tem méritos, não há dúvida, e eu vou votar favoravelmente a ele, mas eu também preciso acordar com V. Exª que, se ele for vetado, num segundo tempo, eu não poderei acompanhá-lo. E, Ver. Elói, salvo melhor juízo, há, sim, a Emenda nº 01, que institui o programa de fraldário. Ora, aqui há um outro problema de legalidade, pois uma emenda não pode alterar ementa. Aqui teria que ter sido apresentado um Substitutivo, mas passou. Muitas vezes, pode, sim, ocorrer isso, quando um projeto tem méritos, e o seu Projeto tem méritos. Há, sim, necessidade de se dar mais conforto à sociedade, de prepararmos mais as nossas praças. E foi nesse sentido, com certeza, que os Vereadores foram levados a, de repente, não se ater a questões que já foram levantadas aqui. O seu Projeto tem muito mérito, as nossas praças precisam, sim, de um outro olhar, e nós estamos, inclusive, assinando uma Emenda que fixa a aplicação do seu Projeto nas praças onde houver banheiro, porque, ao nosso ver, não teria sentido estabelecer fraldários em locais onde não há banheiro.

Eu também fui muito levado a assinar essa Emenda, até porque brilharam os olhos do Ver. Dr. Thiago quando ele viu o seu Projeto. Fez a Emenda, e nós a acompanhamos, estabelecendo a condição de que, se aplicar, será aplicado onde houver banheiros.

 

O Sr. Paulinho Rubem Berta: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu não vou entrar no mérito da questão da legalidade, mas, como tramitou por toda a Casa e por todas as Comissões, eu me sinto muito à vontade para colocar.

Eu queria, num diálogo com o senhor, dizer que eu acho que a maior lei é a necessidade; a maior lei é o direito da população; a maior lei é o direito das mães, das crianças, e que cumpramos o que o ECA diz. Infelizmente, se Porto Alegre não se preparar, não caminhar no sentido de dar esse direito às mães e às crianças, nós estaremos cometendo o pior enfrentamento à lei da vida, à lei da necessidade das pessoas!

Hoje, estamos entregando, em muitas áreas de Porto Alegre, as praças aos marginais, e não vamos construir um banheiro para colocar um fraldário?! Isso é negar direitos àquela mãe que fica trocando a criança ao relento e colocando os dejetos ao lado! Se faltam banheiros, vamos trabalhar para construí-los, mas não diminuir uma iniciativa como esta, que dá à mãe e aos seus filhos o direito de serem atendidos com dinheiro público, o qual também é seu. Obrigado. (Palmas.)

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Isso demonstra por que V. Exª foi escolhido, especialmente pelos moradores do bairro Rubem Berta: porque é um lutador, é um homem que enxerga. O seu pronunciamento demonstra o que, efetivamente, aconteceu conosco, Vereadores: no trâmite deste Projeto, nas Comissões, nós também fomos levados por esse seu sentimento, mas nós precisamos fazer esses registros, Ver. Paulinho Rubem Berta, porque nós, Vereadores, não temos a competência de determinar ao Executivo que resolva os problemas da Cidade. Se assim fosse, não teríamos mais problemas nesta Cidade, porque iríamos determinar aos Prefeitos tudo que deveria ou deve ser feito.

Então, eu vou votar favoravelmente, não há dúvida; apenas vou lhe pedir a compreensão de que, se o Prefeito vetar - e tenho a convicção que ele não vai vetar -, é preciso que seja dito que esse termo, infelizmente, não é pela vontade dos Vereadores, é pela lei estabelecida, pelas condições do Regimento da Lei Orgânica, que nos tirou e nos tira o poder de determinar ao Prefeito o que ele deve ou não deve fazer.

 

O Sr. Toni Proença: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) É muito rápido, é só para dizer que já temos um histórico de matérias em que o Prefeito, mesmo sendo obrigado a vetar, por uma questão constitucional, enviou um projeto de igual teor para que esta Casa aprovasse. A iniciativa do Ver. Paulinho Rubem Berta fica contemplada, mas acho que o Prefeito não vai vetar este Projeto.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Nós também esperamos. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

O SR. NILO SANTOS: Srª Presidente, eu não vou me inscrever, para não ocupar mais tempo, mas, seguindo nessa linha do Ver. Paulinho Rubem Berta, vou sugerir que também esta Casa tenha um fraldário. É a Casa do Povo, e não tem um fraldário! É uma sugestão, Srª Presidente. Obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ótima sugestão. Eu acredito que haja um banheiro com uma mesa com capacidade de atendimento, não é, Ver. Nelcir Tessaro? Mas vamos identificar; isso é uma falta grave.

A Verª Maria Celeste está com a palavra para discutir o PLL nº 181/09.

 

A SRA. MARIA CELESTE: Srª Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, certamente o senhor, Ver. Paulinho, estava inspirado ao trazer este tema, que é a necessidade de ter fraldários nos locais públicos, especialmente nas praças da nossa Cidade.

Nós conhecemos a Praça México, que, na realidade, não é apenas uma praça como tantas outras da nossa Cidade, de uma extensão pequena; pelo contrário, a Praça México, lá no bairro Rubem Berta, deveria se tornar um parque. Quem conhece aquela praça sabe da dificuldade que se tem, especialmente aos domingos, de ter um local mais aprazível e mais adequado às necessidades das pessoas que ali frequentam.

Eu até convido os Vereadores que não a conhecem que se desloquem para a Praça México, num domingo, à tarde, e verifiquem o grande número de pessoas, moradoras ou não do entorno daquela praça, lá no bairro Rubem Berta, que usufruem aquele espaço tão bonito da nossa Cidade, onde, efetivamente, está faltando não apenas o fraldário, mas banheiros adequados para a população que vai ali.

Agora, Vereador, V. Exª também nos oportuniza uma outra discussão, que é a do abandono das praças da cidade de Porto Alegre. Li, há pouco, uma matéria do Portal da Prefeitura, que diz que, no dia 21 de março, o Secretário da SMAM, Luiz Fernando Záchia, que foi Vereador desta Casa, estaria colocando quatro novas equipes na Cidade para fazer a fiscalização, o controle, a manutenção e a limpeza das praças da nossa Cidade, nas nossas regiões. Quatro novas equipes! Isso foi no dia 21 de março.

Eu posso garantir, com a maior segurança, que as praças da Região Norte ainda não tiveram a visita dessas equipes. Está faltando o serviço de capina, o mato está enorme, as pessoas nem sequer podem acessar as praças, sentar nos bancos, levar as crianças para os brinquedos; está faltando a limpeza e o recolhimento do lixo. E, é bem verdade: muitos cidadãos de Porto Alegre ainda não sabem e não são educados para colocar o lixo no devido lugar e acabam transformando praças e terrenos baldios da Cidade em verdadeiros depósitos de lixo! E lixo nas mais diversas formas: são podas de árvores, galhos de árvores, restos de construção, madeiras, enfim, todo um material extremamente inadequado, que deveria ser recolhido pela Prefeitura Municipal através de um programa chamado Programa Bota Fora, que hoje é muito, muito tímido.

Nós fizemos uma visita ao Jardim do Bosque no sábado passado, e ali a Prefeitura havia entregado aos moradores um bilhetinho dizendo que o Programa iria funcionar, que todos os moradores colocassem o lixo - restos de construção, galhos de árvore, madeira - na porta das suas casas, que, no dia seguinte, ele iria ser recolhido. Passaram-se três dias, e a Prefeitura não foi recolher o lixo, que deveria ter sido recolhido dentro do Programa Bota Fora. O lixo ficou na rua!

O que eu quero dizer com toda esta conversa de tratar bem o lixo? Todos nós somos responsáveis pelo lixo que produzimos; agora, a responsabilidade pelo recolhimento, pelo serviço, é da Prefeitura Municipal. E aí, sim, eu quero lamentar profundamente, que ainda não conseguimos avançar, a Prefeitura não consegue avançar e não consegue efetivar o serviço com qualidade na Cidade. Mais do que nunca, temos nos deparado com os lixos pelas ruas, com as chuvas que vêm entupindo dos bueiros, e aí o caos é completo na nossa Cidade.

Portanto, esse simples Projeto do Ver. Paulinho Rubem Berta nos traz uma grande reflexão: qual o equipamento que precisamos colocar nas praças da nossa idade e como devemos, como Poder Público, atuar fortemente no recolhimento do lixo da nossa Cidade? Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para discutir o PLL nº 181/09. (Pausa.) Desiste. O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir o PLL 181/09. (Pausa.) Ausente. Encerrada a discussão. Em votação o PLL nº 181/09. (Pausa.) O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 181/09.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; meu caro Ver. Paulinho Rubem Berta, o qual eu aprecio muito; meus senhores e minhas senhoras, eu quero fazer algumas perguntas. Qual a diferença entre determinar a instalação de fraldários em sanitários das praças e instituir o programa de instalação de fraldários nas praças? Eu quero saber qual a diferença; eu não encontro, talvez alguém consiga me mostrar uma diferença.

Em segundo lugar, eu fico impressionado como tantos Vereadores usaram a tribuna.

Em terceiro lugar, eu quero saber se 3% das praças da Cidade tem sanitários. Eu quero saber.

Em quarto lugar, eu vou usar o que o Ver. Nilo trouxe à tribuna, num aparte que ele fez. Nós temos sanitários públicos aqui no prédio. Será que daria para instalar fraldário em algum deles? Ou nós temos que fazer uma obra para que se instale um fraldário na Câmara Municipal? Nos atuais, como eu sou engenheiro, é impossível. Nos poucos sanitários públicos que há na Cidade, eu duvido que haja algum que dê para instalar fraldário. É uma colocação que estou fazendo; não estou definindo, já disse que vou me abster de votar; então votem como quiserem.

Não seria interessante fazer um Pedido de Providências ao Prefeito para que elaborasse um programa de instituir sanitários nas praças públicas de Porto Alegre, pelo menos as mais importantes? Por exemplo, a Praça México, que eu conheço, e conheço bem, porque foi urbanizada quando fui Prefeito, eu mesmo fiz a inauguração do nome com o Cônsul do México. Seria um programa para se fazer sanitário e que, no sanitário, houvesse fraldário, já, então, na construção, porque nos atuais, como na Praça Otávio Rocha, dá para colocar um fraldário? Na Praça Dom Feliciano, dá para colocar um fraldário? Na Praça da Alfândega, como estão fazendo reformas, pode ser que se faça, num Pedido de Providências, um fraldário. Na Praça XV, dá para colocar? Então, pelo amor de Deus, se nós não podemos colocar nos sanitários públicos que a Câmara tem, como é que nós vamos colocar nos sanitários públicos que a Cidade não tem? Nós não temos 3% das praças de Porto Alegre com sanitário. Então, seria importante que a Prefeitura fizesse um programa de sanitários, e aí, sim, quando se executasse a obra, uma parte dela seria destinada ao fraldário.

Portanto, eu apenas levantei ideias para serem pensadas, até porque, volto a dizer, instituir ou determinar é a mesma coisa. E não está dito de onde sairão os recursos para essa instituição de sanitários com fraldário. Não está dito. Não há rubrica nesse sentido. O Ver. Professor Garcia, que foi Secretário da SMAM, talvez saiba uma maneira de fazer um projeto, vindo da Prefeitura, é claro, com a participação dos Legisladores, para fazer sanitários com fraldários, mas, na situação de hoje, eu não vejo como fazer. Então, eu fico aqui com todas as minhas dúvidas. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 181/09.

 

O SR. PROFESSOR GARCIA: Verª Sofia Cavedon, Presidente desta Casa; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, quero, em primeiro lugar, parabenizar o Ver. Paulinho Rubem Berta pela iniciativa, mas tenho algumas preocupações no mesmo sentido que o Ver. João Antonio Dib colocou. Eu conversava com o Ver. Paulinho, até para tentarmos suprimir a questão das praças, porque realmente vejo, com certa dificuldade, a implementação delas. Primeiro, Porto Alegre tem hoje 597 praças, e não há mais de 50 praças com banheiros. Normalmente, as praças que têm banheiros, em muitas delas, a própria comunidade solicita a retirada, porque os banheiros ficam isolados, e normalmente esses lugares servem para prostituição, para assaltos e outras delinquências, e há diferença, por exemplo, quando há campo de futebol. Nos campos de futebol, normalmente há banheiro, inclusive com vestiário para as equipes. É um sistema diferente, porque todos os campos de futebol estão dentro das praças.

Nos parques públicos, acho a ideia genial. Porto Alegre tem hoje 11 parques, sendo que todos eles têm, sim, condições de se implantar fraldário.

É importante salientar também aqui a diferenciação do princípio de parque e praça. O parque possui uma metragem maior, é um lugar mais amplo, mas o conceito da praça é muito do entorno; quem utiliza a praça são normalmente moradores da redondeza, ou seja, se esse é o princípio vigente, não haveria nenhum problema de a pessoa se deslocar até a sua casa.

Agora, este Vereador, inclusive, também entrou com uma Emenda, que não haverá nenhum problema, caso seja aprovada pelo Prefeito, de incluir os centros comunitários. Nós temos hoje oito Centros Comunitários, e todos eles têm condições, têm banheiros adequados para a instalação de fraldário.

Eu quero evoluir um pouco também na questão dos dejetos. Olha, nos últimos anos, as praças e parques da Cidade foram contemplados com saquinhos de lixo, no seu entorno, para o recolhimento dos dejetos dos cachorros. Por que não nos preocuparmos com os dejetos das crianças, não é, Ver. Paulinho Rubem Berta?

A minha preocupação é na questão especificamente da praça, porque eu acho que o Prefeito vai ter uma dificuldade. Nas praças, acredito que ele vai ter uma dificuldade; nos parques, não teria. Eu não sei, na questão legislativa do texto, caso ele vetasse, se ele teria condições de vetar somente a palavra “praças”, porque eu acho que, nas praças, vai ser difícil mesmo. Agora, nos parques, não há problema; a ideia é bem-vinda, vai ser um avanço para a Cidade.

Só para V. Exas terem uma ideia, no Parque Farroupilha, em um fim de semana, entre sábado e domingo, aproximadamente 150 mil pessoas frequentam aquele local. Então, na realidade, nós estamos orientando o Prefeito; não estamos fazendo nenhum favor, isso é obrigação da Cidade.

Portanto, o nosso Partido, o PMDB, vai votar de forma favorável ao seu Projeto. Obrigado, Srª Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 181/09.

 

O SR. PEDRO RUAS: Ver. Paulinho Rubem Berta, Srª Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, falo aqui também em nome da Verª Fernanda Melchionna, com muita honra, e quero dialogar respeitosamente com o Ver. João Antonio Dib, nosso Líder da situação, e, afinal de contas, nosso paradigma aqui na Câmara Municipal, Ver. Paulinho Rubem Berta.

É claro que o Ver. João Dib tem muita razão quando faz a comparação dos equipamentos existentes com aquilo que o Projeto está propondo, absoluta razão. Porém, há um dado, Ver. João Dib. Nós não podemos justificar qualquer tipo de novidade positiva, contrariamente, em função da ausência de providências anteriores, com relação aos equipamentos atuais. Vossa Excelência tem razão, mas, se ficarmos aguardando que existam os tais banheiros públicos, o Projeto do Ver. Paulinho Rubem Berta - nem outro qualquer - poderá avançar na Cidade.

Eu acho que o Vereador tem razão; porém não é justificativa - mesmo sendo um argumento inteligente - para a rejeição do Projeto. É a isto que eu quero chegar: não justifica a rejeição. É uma posição inteligente, respeitável; porém, na hora do voto, aqui, não é uma justificativa para a rejeição.

Acho mais: a aprovação do Projeto do Ver. Paulinho Rubem Berta nos obriga - Legislativo e Executivo - a repensarmos essas questões, inclusive aquelas em que, acertadamente, coloca o Ver. João Dib: a falta de estrutura, a falta de planejamento e ação com relação a banheiros públicos.

Por isso, Ver. Paulinho Rubem Berta, compreendo, respeito o argumento do Ver. João Dib, mas, do ponto de vista do PSOL, meu e da Verª Fernanda Melchionna, não é justificativa para a rejeição. E nós encaminhamos, portanto, favoravelmente à aprovação do Projeto de Vossa Excelência.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não há mais quem queira encaminhar.

Em votação a Emenda nº 01 ao PLL nº 181/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA a Emenda nº 01, com a abstenção do Ver. João Antonio Dib e do Ver. Haroldo de Souza.

Em votação a Emenda nº 02 ao PLL nº 181/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA a Emenda nº 02, com a abstenção do Ver. João Antonio Dib e do Ver. Haroldo de Souza.

Em votação a Emenda nº 03 ao PLL nº 181/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA a Emenda nº 03, com a abstenção do Ver. João Antonio Dib e do Ver. Haroldo de Souza.

Em votação a Emenda nº 04 ao PLL nº 181/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA a Emenda nº 04, com a abstenção do Ver. João Antonio Dib e do Ver. Haroldo de Souza.

Em votação o PLL nº 181/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO com as abstenções dos Vereadores João Antonio Dib e Haroldo de Souza.

 

REQUERIMENTO - VOTAÇÃO

 

(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

REQ. Nº 017/11 – (Proc. nº 1260/11 – Verª Fernanda Melchionna) – requer Moção de Solidariedade com o estudante de História Helder Santos, por eventos ocorridos na cidade de Jaguarão.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação Requerimento nº 017/11, de autoria da Verª Fernanda Melchionna, que requer Moção de Solidariedade ao estudante de História Helder Santos, por eventos ocorridos na cidade de Jaguarão. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 0500/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 003/11, que autoriza o Poder Executivo Municipal a abrir créditos especiais no orçamento do corrente exercício, com vistas a remanejar os saldos remanescentes do Grupo de Natureza da Despesa 3390 para o Grupo 3190, das unidades orçamentárias 7002 e 7003, e a incluir dotações para pagamento de requisições de pequeno valor (RPVs), do Departamento Municipal de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Porto Alegre (PREVIMPA).

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Adeli Sell: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM em 30-03-11.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLE nº 003/11. O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLE nº 003/11.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, apenas para dizer que essa alteração proposta pelo Executivo não acresce nem diminui um centavo na execução orçamentária. Apenas, em razão de determinações do Tribunal de Contas, rubricas são acertadas, apenas isso. Não há gastos, não há nada, não há preocupação; podemos votar com tranquilidade e aprovar o Projeto do Executivo. Saúde de PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o PLE nº 003/11. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO por unanimidade.

 

DISCUSSÃO GERAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 1193/09 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 007/09, de autoria do Ver. Luiz Braz, que altera os §§ 2º e 3º e revoga o § 4º do art. 56 da Resolução nº 1.178, de 16 de julho de 1992 – Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre –, e alterações posteriores, dispondo sobre o encaminhamento das proposições, em caso de análise aos pareceres às contestações. Com Emenda nº 01 e Subemenda nº 01 à Emenda nº 01.

 

 Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Mauro Zacher: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CUTHAB. Relator Ver. Paulinho Rubem Berta: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.

 

Observações:

- discussão geral nos termos do art. 126 do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 22-03-10.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Discussão Geral, em 1ª Sessão de discussão, o PR nº 007/09. (Pausa.)

 

O SR. MAURO PINHEIRO (Requerimento): Srª Presidente, solicito verificação de quórum.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Eu apenas anuncio e já solicito a verificação de quórum.

 

(Procede à leitura da ementa do Projeto.)

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Solicito abertura do painel eletrônico, para verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Mauro Pinheiro (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Dezoito Vereadores presentes.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 17h45min): Encerrada a Ordem do Dia.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 0764/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 018/11, de autoria do Ver. Aldacir José Oliboni, que estabelece medidas preventivas e orientadoras destinadas a inibir qualquer forma de violência contra professores da Rede Municipal de Ensino.

 

PROC. Nº 1045/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 028/11, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Antônio Barata o logradouro público cadastrado conhecido como Beco Otaviano Pinto.

 

PROC. Nº 1081/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 030/11, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Mauro Guedes de Oliveira o logradouro público cadastrado conhecido como Rua Mil Quinhentos e Um, localizado no Bairro Jardim Lindoia.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 3389/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 164/10, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que dispõe regras para a obtenção de Certificado de Inspeção Predial. Com Emenda nº 01.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.)

 

O SR. LUIZ BRAZ (Questão de Ordem): Srª Presidente, a senhora abriu a discussão, e, logo em seguida, o Ver. Mauro, se não me engano, solicitou verificação de quórum, mas V. Exª havia aberto a discussão. Como só se trata de um problema de discussão, abrindo a discussão, no meu modo de entender, pelo menos, satisfez o Regimento, e a primeira discussão pode ser considerada realizada.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Luiz Braz, o meu entendimento é que anunciei o Projeto, anunciei que seria apenas a primeira Sessão de discussão, mas não abri a discussão, porque teria que ter dito “em discussão”. Não pronunciei esta expressão, porque anunciei, e o Ver. Mauro solicitou a verificação de quórum. Então, eu não abri a possibilidade de as pessoas se inscreverem para fazer o debate.

 

O SR. LUIZ BRAZ (Questão de Ordem): A minha argumentação, Srª Presidente, é que, na verdade, é só discussão. Então, só o fato de V. Exª ter anunciado o Projeto, para mim, apregoou, já valeu.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Ver. Braz, o meu entendimento é diverso do de Vossa Excelência. Anunciei o Projeto, é obvio que era só para discussão, mas não abri a discussão; não solicitei, não abri a possibilidade de discutir. Fui interceptada pelo pedido, que precede, de verificação de quórum. Não pude abrir para o debate, Ver. Braz. Algum Vereador pode se sentir prejudicado.

 

O SR. NILO SANTOS (Questão de Ordem): Srª Presidente, vamos lá, deixe-me tentar entender. Nós estávamos no período de Ordem do Dia. Encerrou a votação de um Projeto. Para a discussão, não são necessários 19 Vereadores. Está em Ordem do Dia, mas não haveria verificação de quórum, porque não se iria votar nada; era discussão.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Para mantermos a Ordem do Dia, nós precisamos de 19 votos, Ver. Nilo; nós já tivemos essa dúvida anteriormente, e isso foi explicitado no Regimento. V. Exª lembra de que nós já tivemos essa discussão, e aí ficava essa polêmica?

 

O SR. NILO SANTOS: Eu não lembro, mas tudo bem, vamos para casa, mesmo. Obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Nós temos um debate na tribuna sobre a Pauta.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidente, como é uma dúvida que me sobressalta neste instante, eu vou recorrer dessa decisão da Mesa, liderada por V. Exª, à Comissão de Justiça - é um direito que tenho - para que a Comissão de Justiça possa resolver este problema.

 

A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Claro que sim, Ver. Braz, porque, de fato, como era só discussão, poderia ensejar alguma dúvida. Está previsto no Regimento; por favor, recorra.

Pergunto ao Ver. Dr. Thiago se vai se manifestar em discussão de Pauta.

O Ver. Thiago Duarte está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste.

Anuncio e lembro que, amanhã, às 11h, teremos a presença do Presidente da TAP para o Brasil, empresa aérea que proporcionará o primeiro voo direto Porto Alegre/Portugal. A Mesa Diretora estará presente, mas o convite é para todos os Vereadores. Será no Salão Nobre, às 11 horas.

Nada mais havendo a tratar, encerro os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h49min.)

 

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